247 – O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu declarou, em entrevista ao UOL News, que a tentativa de golpe de Estado articulada por militares, presos pela Polícia Federal (PF) na última terça-feira (19), certamente ocorreu com o conhecimento do ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL).
“É assustador nesse caso. A segurança do presidente das instituições está acima de qualquer outra questão. Porque senão não podemos falar em democracia, se a própria pessoa do presidente eleito pode ser vítima de um assassinato. A participação intelectual, autoria, eram só dos oficiais? Se o general Braga Netto sabia, o Bolsonaro não sabia? Isso era inverossímil”, afirmou.
“Isso beira o ridículo. Então, a responsabilidade do Bolsonaro é muito grande. Dele ter ido para os Estados Unidos já era um sinal péssimo. Ficar fora do país, ter acontecido o 8 de janeiro, mais grave agora com essas revelações, o Bolsonaro está totalmente comprometido com o que aconteceu. Não vejo como não estar”, enfatizou.
Na operação da PF, quatro oficiais do Exército e um policial federal foram presos, acusados de conspirar para realizar um golpe contra o resultado das eleições de 2022. O plano incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Brasil

'Se o general Braga Netto sabia, você acha que o Bolsonaro não?', diz José Dirceu sobre plano golpista

247 – O ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL) afirmou na terça-feira (12), em entrevista à coluna de Igor Gadelha no <a href="https://www.metropoles.com/colunas/igor-gadelha/bolsonaro-sou-candidato-ate-minha-morte-politica-ser-para-valer">Metrópoles</a>, que pretende permanecer candidato à presidência até que tenha a "morte política" oficialmente decretada, apesar de já estar inelegível até 2030.
“A resposta é a mesma: essa partícula ‘se, caso, talvez’ não existe. Eu sou candidato até que a minha morte política seja anunciada para valer. Eles não têm argumento para me tirar da política. A não ser o poder, a força de arbitrariedades contra a minha pessoa. Repito: qual a acusação contra mim? Que eu fiz de errado para não disputar uma eleição? E, se eu sou tão mal assim, deixa eu disputar para perder. É muito simples. Ou estão com medo da minha candidatura?”, declarou.
Na entrevista, Bolsonaro ainda demonstrou confiança em possíveis meios de reverter a decisão que o tornou inelegível, seja via Judiciário ou via Congresso Nacional, onde aliados articulam uma proposta com esta finalidade. 
Além disso, o ex-mandatário mencionou esperar o apoio do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para viabilizar a sua candidatura à Presidência da República em 2026. Bolsonaro, no entanto, admitiu que a comunicação direta com Trump é limitada.
“Eu não tenho essa liberdade toda para conversar com ele, apesar de conhecer alguns assessores, que estão sendo pré-anunciados para compor seu gabinete. Mas acredito que ele tenha um interesse enorme no Brasil, pelo seu tamanho, pelas suas riquezas, pelo que representa o nosso povo. E como um país que realmente possa aqui, como exemplo, desequilibrar positivamente para a democracia, para a liberdade, toda a América do Sul. Então, ele vai investir no Brasil sim, no meu entender, no tocante a fazer valer os valores do seu povo, que é muito semelhante ao nosso. Que, através da liberdade de expressão, nós possamos aqui sonhar e não mergulharmos mais ainda numa ditadura que se avizinha”, afirmou.

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"Sou candidato até que minha morte política seja anunciada para valer", diz Bolsonaro sobre eleições de 2026

247 - A Polícia Federal está próxima de indiciar Jair Bolsonaro no inquérito que investiga seu envolvimento em um plano golpista para desestabilizar o sistema eleitoral brasileiro. De acordo com o jurista Fernando Fernandes, em entrevista ao programa de Regina Zappa e Mario Vitor, Na TV 247, "a PF já tem provas suficientes para indiciar Bolsonaro", um movimento que poderá ser decisivo para o futuro político do ex-presidente.
Fernandes destaca que a investigação se baseia em fortes indícios de que Bolsonaro não apenas sabia das tentativas de interferência no processo eleitoral, como também teria contribuído para a articulação de atos que ameaçaram a democracia brasileira. "Há documentos e depoimentos que reforçam a tese de que houve uma trama articulada para minar a confiança nas eleições, e Bolsonaro, como líder do movimento, é parte central desse inquérito", afirmou o jurista.
O jurista também ressaltou que o avanço das investigações coloca outros aliados de Bolsonaro, como o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, em situação delicada. "Silvinei, com sua postura de dificultar o acesso de eleitores no segundo turno, especialmente em áreas onde o ex-presidente tinha menos apoio, deve ser indiciado por abuso de poder", analisou Fernandes.
Bolsonaro, por sua vez, sempre negou envolvimento direto nos atos antidemocráticos e nos bloqueios rodoviários que ocorreram em 2022, mas a Polícia Federal trabalha com a hipótese de que ele participou ativamente da construção de uma narrativa de fraude eleitoral. "O fato de ele ter se ausentado do país logo após o segundo turno e durante o caos que se seguiu reforça a suspeita de que havia uma estratégia maior em curso", afirmou Fernandes.
Para o jurista, o indiciamento de Bolsonaro pode marcar um divisor de águas no cenário político brasileiro. "Se a PF formalizar o indiciamento, estaremos diante de um momento histórico, que pode influenciar diretamente as próximas eleições e a própria credibilidade das instituições brasileiras", concluiu Fernandes.
Com o inquérito avançando, o futuro político de Bolsonaro parece incerto. Enquanto a Polícia Federal afina os detalhes para formalizar a acusação, o ex-presidente enfrenta uma série de outros processos que podem comprometer sua elegibilidade para as eleições de 2026. "Se ele for condenado em um desses processos, Bolsonaro estará fora do jogo político, o que pode abrir espaço para uma reorganização nas forças de direita no Brasil", observou Fernandes.
Assista:&nbsp;
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Dafne Ashton

Entrevistas

"Bolsonaro deve ser indiciado, pois a PF já tem provas suficientes", diz jurista

247 – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta quarta-feira (25) que o sistema de urnas eletrônicas brasileiro é "infraudável" e "inhackeável".
A declaração ironiza as críticas de Jair Bolsonaro (PL) a esse sistema de votação. O ex-mandatário costuma usar os "3 is" para se descrever como "imorrível", "imbrochável" e "incomível".
“Aquele sistema jamais entra online. É inserido, em cada uma das 500 mil urnas eletrônicas, um pen drive. Portanto, é um sistema inhackável. Ele é infraudável e inhackevável. Para a gente usar os 'is' em um bom sentido, finalmente”, disse o magistrado em tom cômico.
Barroso participou de uma palestra sobre o uso de inteligência artificial no Judiciário, na qual destacou o sistema eletrônico de votação como um dos grandes avanços do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ironizando Bolsonaro, Barroso diz que urna eletrônica é "infraudável" e "inhackeável"

247 - O juiz Diego Câmara, da 17ª Vara Federal no Distrito Federal, condenou o governo Lula a pagar R$ 15 mil em indenização por danos morais a Jair Bolsonaro (PL) e à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A Advocacia Geral da União (AGU) vai recorrer da decisão.
Investigadores apuram o caso do suposto sumiço e da posterior localização de móveis do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, em Brasília (DF). De acordo com o magistrado, os itens em referência sempre estiveram sob guarda da União no período indicado.&nbsp;
Houve "dano à honra objetiva e subjetiva" de Jair e Michelle Bolsonaro, acrescentou o juiz. Bolsonaro e Michelle afirmaram que todos os móveis estavam em depósitos do Palácio da Alvorada.

Brasília

Governo é condenado a pagar indenização a Bolsonaro e a Michelle

247 - Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, confirmou que comparecerá ao ato de 7 de setembro na Avenida Paulista, organizado por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), que tem como principal objetivo protestar contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A informação é da coluna <a href="https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/2024/08/nunes-confirma-presenca-no-7-de-setembro-bolsonarista.shtml">Painel</a>, da Folha de S. Paulo.&nbsp;
Questionado sobre o tema no início da semana anterior, Nunes desconversou e mencionou que sua participação no ato dependeria de uma "questão de agenda".&nbsp;
Entretanto, após o crescimento do ex-coach e empresário de extrema direita Pablo Marçal nas pesquisas eleitorais, especialmente entre o eleitorado bolsonarista, o prefeito intensificou sua aproximação com Bolsonaro.

Sudeste

Ricardo Nunes confirma presença em ato bolsonarista de 7 de setembro

247 - O ex-secretário da Receita Federal, José Tostes foi intimado a depor na sede da Polícia Federal às 15h desta segunda-feira (29),<a href="https://www.metropoles.com/brasil/abin-paralela-ex-chefe-da-receita-federal-depoe-a-pf-nesta-segunda"> informa o Metrópoles</a>. A previsão é que dele fale com os investigadores sobre o monitoramento ilegal de pessoas pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante do governo do ex-presidente Jair Bosonaro (PL), a chamada “Abin paralela”.
Tostes foi mencionado pelo ex-presidente durante uma reunião com o ex-chefe da Abin Alexandre Ramagem e as advogadas de Flávio Bolsonaro. No encontro, Bolsonaro afirmou que poderia falar com o então chefe da Receita Federal e acionar o chefe do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) para encontrar informações sobre servidores da Receita Federal.
Segundo as investigações, o objetivo era encontrar informações comprometedoras e relações políticas dos servidores da Receita Federal. Esses servidores foram responsáveis pela elaboração do relatório de inteligência fiscal (RIF) que deu origem à investigação que apurava o desvio de parte dos salários dos funcionários da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, o “caso das rachadinhas”, que citou Flávio Bolsonaro.

José Barroso Tostes Neto e Flávio Bolsonaro

Ex-chefe da Receita Federal depõe sobre caso ‘Abin paralela’ nesta segunda

247 - O delegado Alexandre Saraiva, que liderou investigações contra o ex-ministro Ricardo Salles durante o governo Jair Bolsonaro, foi punido com 31 dias de suspensão pela Polícia Federal. Em 2021, Saraiva acusou Salles e o então senador Telmário Motta de tentarem atrapalhar a Operação Handroanthus, que investigava a exportação ilegal de madeira. A punição ocorreu após Saraiva ter sido considerado culpado por transgressão disciplinar, devido a críticas públicas e acusações contra a direção da PF.
O processo disciplinar contra Saraiva começou em novembro de 2022, sob a chefia de Marcio Nunes Oliveira. Durante o governo Bolsonaro, Saraiva foi demitido da chefia da PF no Amazonas após denunciar interferências políticas e tentar investigar irregularidades envolvendo a direção da polícia. Em defesa, Saraiva afirmou não ter sido desleal e criticou o governo por práticas que comprometeram a credibilidade da PF.
Saraiva concorreu a deputado federal pelo PSB do Rio de Janeiro em 2022, mas não foi eleito. Ele se defendeu sozinho no processo disciplinar, argumentando que suas ações foram em prol da integridade da PF e contra um governo que, segundo ele, corrompeu a instituição. (Com informações da <a href="https://www.cartacapital.com.br/politica/delegado-que-se-rebelou-contra-o-governo-bolsonaro-e-punido-pela-pf/">CartaCapital</a>).&nbsp;

Delegado Alexandre Saraiva e Ricardo Salles

PF pune delegado Saraiva, que denunciou interferências políticas no governo Bolsonaro

247 - Chegou ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma notícia de fato contra Wagner de Campos Rosário, atual controlador-geral do governo Tarcísio Gomes de Freitas em São Paulo e ex-ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) durante a gestão de Jair Bolsonaro.
Segundo Guilherme Amado, do <a href="https://www.metropoles.com/colunas/guilherme-amado/stf-recebe-pedido-para-investigar-suposto-golpismo-de-cgu-de-bolsonaro">Metrópoles</a>, a ação tem origem em uma representação apresentada ao Ministério Público Federal (MPF) em fevereiro de 2023 pelas "codeputadas" estaduais do Psol, que compartilham um mandato coletivo na Assembleia Legislativa de São Paulo. Elas acusam Rosário de envolvimento em reuniões ministeriais do governo Bolsonaro onde foram discutidas estratégias para contestar uma possível derrota nas eleições de 2022.
Em uma dessas reuniões, realizada em julho de 2022 e registrada em vídeo obtido pela Polícia Federal, Rosário criticou um relatório técnico da CGU que não encontrou fraudes no sistema de votação, classificando-o como "uma merda". Este relatório foi posteriormente engavetado pelo governo Bolsonaro. Na mesma reunião, liderada pelo então presidente, Rosário sugeriu a formação de uma "força-tarefa urgente" com a participação da Polícia Federal e das Forças Armadas para questionar a integridade das urnas eletrônicas.
O procurador da República André Bueno da Silveira, do MPF em São Paulo, analisou a representação das codeputadas e recomendou o envio do caso ao STF, onde já tramitam investigações relacionadas a tentativas de golpe de estado. Em despacho datado de 8 de julho, o juiz federal Nilson Martins Lopes Júnior, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, acatou o pedido e encaminhou a representação ao Supremo.

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