247 - Mark Zuckerberg, CEO da Meta Platforms, prestou depoimento nesta segunda-feira (15) em um julgamento antitruste conduzido pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC), em Washington.&nbsp;
O processo busca desfazer as aquisições do Instagram e do WhatsApp, realizadas respectivamente em 2012 e 2014, sob a alegação de que a Meta comprou os aplicativos para eliminar concorrência e manter seu domínio no setor de redes sociais.
Vestido com um terno escuro e gravata azul-claro, Zuckerberg adotou um tom calmo durante seu testemunho. Em sua defesa, ele negou que as aquisições, realizadas em 2012 (Instagram) e 2014 (WhatsApp), tenham tido como objetivo eliminar competidores. Segundo ele, o compartilhamento de conteúdo entre amigos sempre foi apenas uma das muitas frentes estratégicas do Facebook.
"Acho que entendemos mal como o engajamento social online estava evoluindo", admitiu. "As pessoas continuaram se envolvendo com mais e mais coisas que não eram o que seus amigos estavam fazendo."
O executivo afirmou que hoje cerca de 20% do conteúdo consumido no Facebook e 10% no Instagram vem diretamente de amigos dos usuários. A maioria, segundo ele, é impulsionada por interesses e descoberta de novos conteúdos, não mais por conexões pessoais.
<h3>Emails antigos e rivalidade com TikTok estão no centro do processo</h3>
Durante a audiência, a FTC apresentou trocas de mensagens internas em que Zuckerberg demonstrava preocupação com o crescimento do Instagram e do WhatsApp e sugeria que a compra desses aplicativos ajudaria o Facebook a neutralizar ameaças emergentes. Para o órgão regulador, esses documentos provam a intenção da Meta de consolidar um monopólio nas plataformas voltadas ao compartilhamento de conteúdo entre amigos e familiares.
A Meta, por sua vez, argumenta que a paisagem digital mudou radicalmente na última década. Hoje, plataformas como TikTok (da ByteDance), YouTube (da Alphabet) e o aplicativo iMessage da Apple são fortes concorrentes, cada uma com grande influência sobre o comportamento dos usuários. A empresa destaca ainda que, durante a interrupção temporária do TikTok nos Estados Unidos, observou um aumento expressivo no tráfego de usuários no Facebook e no Instagram — o que comprovaria a existência de concorrência real no setor.
<h3>Instagram é peça-chave nos lucros da Meta</h3>
Caso a FTC saia vitoriosa, a Justiça precisará decidir se medidas como obrigar a venda do Instagram ou do WhatsApp seriam capazes de restaurar a competição de mercado. Uma eventual separação pode ser devastadora para a Meta, especialmente por conta do Instagram. Embora a empresa não divulgue receitas por aplicativo, estimativas da consultoria Emarketer apontam que a plataforma de fotos deve gerar US$ 37,13 bilhões em 2025 — mais da metade da receita publicitária da empresa nos Estados Unidos.
Além disso, o Instagram lidera em rentabilidade por usuário, superando até mesmo o Facebook, segundo a mesma consultoria. Já o WhatsApp, apesar de ainda representar uma fatia pequena do faturamento, possui a maior base de usuários diários da Meta e vem sendo cada vez mais explorado por ferramentas comerciais, como chatbots. Zuckerberg disse acreditar que os serviços de “mensagens comerciais” devem impulsionar a nova fase de crescimento da companhia.
<h3>Relação com Trump e cenário político</h3>
O processo judicial faz parte de um movimento antitruste mais amplo iniciado ainda durante o primeiro governo de Donald Trump, hoje novamente presidente dos Estados Unidos. Desde então, a Meta tem buscado se aproximar da Casa Branca, inclusive com doações financeiras — uma delas no valor de US$ 1 milhão para a posse de Trump — e visitas frequentes de Zuckerberg ao gabinete presidencial.
Além da Meta, outras gigantes como Amazon, Apple e Google também enfrentam ações semelhantes. Apesar de mudanças no tom e na estratégia de relacionamento com o governo, os processos continuam a tramitar, sinalizando que a disputa entre as autoridades americanas e as grandes plataformas digitais ainda está longe do fim.

Luis Mauro Filho

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Brasil

Zuckerberg depõe nos EUA e nega que aquisições da Meta tenham visado eliminar concorrência

247 – A big tech Meta enfrentará nesta segunda-feira um dos maiores desafios jurídicos de sua história recente: o julgamento de uma ação antitruste movida pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC), que questiona a legalidade das aquisições do Instagram, em 2012, e do WhatsApp, em 2014. As informações são do <a href="https://www.politico.com/news/2025/04/13/meta-zuckerberg-ftc-washington-court-00288044">Politico</a>, que acompanha de perto o desenrolar do caso.
O juiz James Boasberg, responsável por conduzir o processo, já demonstrou ceticismo quanto aos argumentos do governo desde que rejeitou a primeira versão da ação, em 2021. Na ocasião, criticou a FTC por sua “incapacidade de apresentar qualquer indicação das métricas ou métodos usados para calcular a participação de mercado do Facebook”. Ainda que tenha permitido o andamento de uma versão atualizada do processo em janeiro de 2022, Boasberg alertou que a agência “provavelmente enfrentaria uma tarefa árdua para provar suas alegações”.
Essa percepção se manteve nos meses seguintes. Em uma audiência realizada em novembro, Boasberg voltou a questionar a solidez do caso da FTC, afirmando que a agência “enfrenta perguntas difíceis sobre se suas alegações resistirão ao crivo de um julgamento” e criticando a tentativa de expandir precedentes antitruste “até seus limites”.
<h3>Competitividade em xeque</h3>
Desde as aquisições sob investigação, o mercado de redes sociais se transformou profundamente, com o TikTok emergindo como uma concorrência expressiva. A defesa da Meta poderá usar essa nova dinâmica como argumento de que não há monopólio consolidado. Por outro lado, a FTC pretende concentrar sua acusação em evidências que indicariam uma intenção deliberada de Mark Zuckerberg em eliminar concorrentes ao adquirir o Instagram e o WhatsApp.
O julgamento deverá ser marcado por confrontos técnicos e estratégicos entre os argumentos das partes, e o juiz Boasberg pode fornecer, já nas primeiras sessões, sinais sobre qual lado considera mais sólido.
<h3>Executivos no banco das testemunhas</h3>
Casos antitruste desse porte raramente chegam aos tribunais, o que torna o julgamento da Meta um momento único para o escrutínio público das práticas comerciais de gigantes da tecnologia. Diversos executivos importantes são esperados no tribunal. Mark Zuckerberg, que recentemente comprou uma mansão em Washington, deve testemunhar, assim como a ex-diretora de operações da Meta, Sheryl Sandberg, e outros nomes ligados às plataformas Instagram e WhatsApp.
Executivos de empresas rivais, como Snap, Pinterest e TikTok, também devem depor, oferecendo visões externas sobre o poder de mercado da Meta e suas estratégias de competição.
<h3>Trump e a FTC: possível interferência</h3>
Um fator adicional — e potencialmente explosivo — é a possibilidade de interferência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo o Politico, observadores de Washington estão preocupados com uma possível intervenção presidencial, especialmente após Trump demitir os comissários democratas da FTC e nomear aliados dispostos a seguir sua orientação. O atual presidente da agência, Ferguson, já declarou que obedeceria às ordens de Trump.
Embora Trump e Zuckerberg tenham se desentendido em outras ocasiões, o CEO da Meta tem feito movimentos para se reaproximar da nova administração, revendo políticas de conteúdo e promovendo aliados republicanos dentro da empresa. Essa aproximação pode abrir caminho para uma possível ação de Trump em favor da Meta, seja para dificultar a atuação da FTC durante o julgamento ou, mais adiante, impedir medidas mais duras como uma eventual divisão da empresa — mesmo em caso de derrota judicial.
O desfecho desse julgamento poderá redefinir os limites da regulação antitruste nos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que expõe a crescente influência política sobre instituições tradicionalmente independentes como a FTC.

Redação Brasil 247

Mark Zuckerberg, Trump, Facebook e Instagram

Mídia

Meta se prepara para lutar por sua sobrevivência em um tribunal de Washington

247 - O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, adquiriu uma mansão de alto padrão em Washington, D.C., por cerca de US$ 23 milhões (aproximadamente R$ 117 milhões). A residência, com 1.400 metros quadrados, está localizada a apenas 3 quilômetros da Casa Branca, o que levanta especulações sobre uma possível tentativa de estreitar laços com figuras políticas de peso, incluindo o ex-presidente Donald Trump. &nbsp;As informações são da <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/mark-zuckerberg-compra-mansao-em-washington-para-ficar-perto-de-trump/">CNN.</a>
Fontes próximas ao negócio indicam que o processo de compra foi cercado de sigilo. Corretores e profissionais envolvidos na transação teriam assinado acordos de confidencialidade a pedido de Zuckerberg, para manter o anonimato dos compradores até a conclusão da venda.
Apesar do mistério, a identidade dos novos proprietários foi confirmada por um porta-voz da Meta. Segundo a empresa, a decisão de adquirir um imóvel na capital americana está diretamente ligada ao papel cada vez mais relevante da empresa no debate sobre o futuro da tecnologia e sua regulação.
“Mark e Priscilla compraram uma casa em DC, o que permitirá que Mark passe mais tempo lá enquanto a Meta continua o trabalho em questões políticas relacionadas à liderança tecnológica americana. Dado que o Sr. Zuckerberg estará em Washington, DC, com mais frequência, uma casa privada é mais segura e conveniente”, afirmou o porta-voz em comunicado oficial.
A aquisição também reflete o crescente envolvimento de Zuckerberg com as decisões políticas que moldam o setor de tecnologia. Em meio a debates sobre privacidade, inteligência artificial e o papel das redes sociais na democracia, a proximidade com centros de poder pode ser estratégica para a Meta, especialmente num cenário em que o governo dos EUA discute formas mais rigorosas de regulamentar as big techs.
Embora a empresa não tenha confirmado encontros específicos entre Zuckerberg e Trump, fontes sugerem que o novo endereço, localizado em uma área nobre de Washington, facilita a participação do CEO em reuniões com legisladores, autoridades da Casa Branca e outros agentes políticos relevantes.

Laís Gouveia

Presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, durante evento anual da companhia em Melo Park, no Estado norte-americano da Califórnia

Mundo

Mark Zuckerberg paga 23 milhões de dólares em mansão para virar vizinho de Trump

247 - Cinco bilionários presentes na posse do presidente norte-americano, Donald Trump, em 20 de janeiro, perdendo um total de US$ 212 bilhões em riqueza, de acordo com o Bloomberg Billionaires Index. 
O empresário com a maior perda financeira foi Elon Musk, CEO da Tesla, de 53 anos, com perda de US$ 145 bilhões. Em segundo lugar apareceu o fundador da Amazon, Jeff Bezos, 61 anos, (queda de US$ 31 bilhões).
Na terceira posição foi de Sergey Brin (queda de US$ 23 bilhões). Ele é cofundador do Google e tem 51 anos atualmente. O empresário Mark Zuckerberg, 40 anos, da Meta, registrou baixa de US$ 8 bilhões na sua fortuna. A empresa do bilionário é responsável por Instagram, WhatsApp e Facebook.
Na quinta posição, entre os bilionários que mais perderam dinheiro ficou Bernard Arnault (queda de US$ 5 bilhões). O francês é diretor-executivo da LVMH, considerada a maior empresa de artigos de luxo do mundo.

Leonardo Lucena

Economia

Com desvalorização da Tesla, Musk perde US$ 145 bilhões e encabeça ranking de maiores perdas financeiras

247 - As grandes empresas de tecnologia estão facilitando a perseguição a imigrantes nos Estados Unidos ao flexibilizar suas políticas contra discurso de ódio e fornecer ferramentas de vigilância ao governo. A denúncia foi feita pelo professor e pesquisador Ulises Ali Mejias em um artigo publicado na Al Jazeera, no qual ele detalha como a Meta, controladora do Facebook e Instagram, alinhou-se às diretrizes da administração Trump ao deixar de classificar declarações depreciativas contra imigrantes como discurso de ódio.
Mejias destaca que essa colaboração não se limita ao controle do discurso online. Empresas como Palantir, Amazon e Salesforce têm contratos milionários com agências de imigração para fornecer tecnologia de monitoramento. Desde 2020, o governo americano gastou cerca de US$ 7,8 bilhões em contratos com 263 empresas privadas para reforçar a vigilância de imigrantes.
Entre as ferramentas utilizadas, o aplicativo SmartLINK se apresenta como uma alternativa “humanizada” à detenção, mas na prática coleta dados sensíveis dos imigrantes, incluindo reconhecimento facial, impressões de voz e informações médicas. Além disso, o governo ampliou a coleta de DNA de imigrantes sob o pretexto de resolver crimes futuros, embora estatísticas oficiais indiquem que imigrantes cometem menos crimes, em média, do que cidadãos nativos.
Para Mejias, a crescente aliança entre as big techs e o governo na repressão a imigrantes representa uma fusão entre o poder das gigantes da tecnologia e a agenda política da extrema-direita. Ele defende que apenas a mobilização popular poderá barrar essa ofensiva e proteger os direitos dos imigrantes. (Com informações da Al Jazeera).

Bianca Penteado

Big Techs estão ajudando a perseguir imigrantes ao liberar discurso de ódio, aponta professor

247 - Durante uma sessão de perguntas e respostas com funcionários da Meta, realizada na última quinta-feira (30), o CEO da empresa, Mark Zuckerberg, justificou as recentes mudanças na política da companhia para se alinhar à nova administração do presidente Donald Trump. A informação foi divulgada pelo <a href="https://www1.folha.uol.com.br/tec/2025/01/e-a-coisa-certa-a-se-fazer-diz-zuckerberg-sobre-apoio-a-gestao-trump.shtml">The New York Times</a>, que teve acesso a uma gravação da reunião.
Zuckerberg defendeu a flexibilização das restrições sobre discurso online, o fim da verificação de fatos e a redução das iniciativas de diversidade na empresa. "Quero deixar claro que, após os últimos anos, agora temos a oportunidade de ter uma parceria produtiva com o governo dos Estados Unidos", afirmou. "Vamos aproveitar isso."
O executivo, de 40 anos, destacou que manter boas relações com governos ao redor do mundo é "fundamental" para o futuro da Meta, controladora do Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp. "O governo pode estar ativo se opondo a você, impedindo avanços e criando conflitos, ou pode estar ativo ajudando a remover barreiras", declarou.
Diante de mais de 70 mil funcionários, Zuckerberg sinalizou um controle mais firme sobre a Meta e defendeu que 2025 será um ano de transformação para a companhia, com foco em inteligência artificial, expansão dos centros de dados e o metaverso.
As mudanças recentes, porém, geraram desconforto entre parte dos trabalhadores da empresa. Neste mês, a Meta encerrou seu programa de verificação de fatos e reduziu iniciativas voltadas para diversidade, equidade e inclusão. Além disso, medidas internas, como a remoção de absorventes dos banheiros masculinos — fornecidos a funcionários transgêneros e não binários —, provocaram reações de protesto. Alguns empregados passaram a organizar uma campanha para arrecadar e distribuir produtos de higiene nos escritórios da empresa.
Zuckerberg também criticou a gestão do ex-presidente Joe Biden, classificando-a como "anti-tecnologia". Ele argumentou que as novas decisões da Meta refletem o atual cenário regulatório, que, segundo ele, passou a considerar qualquer política voltada para grupos específicos como potencialmente ilegal. "Por causa disso, nós e todas as outras instituições por aí precisaremos nos ajustar", afirmou.
Dissidências e repressão interna
Nos últimos anos, a Meta tem adotado medidas mais restritivas em relação à manifestação de funcionários sobre questões políticas e sociais. O próprio Zuckerberg já vetou discussões sobre determinados temas considerados polêmicos dentro da empresa. Durante a reunião, Janelle Gale, chefe de pessoal da Meta, reforçou que algumas demissões ocorreram devido a denúncias de assédio sexual e que a empresa está promovendo ajustes internos.
A mudança no formato da sessão de perguntas e respostas também desagradou parte dos empregados. Tradicionalmente, as perguntas a Zuckerberg eram escolhidas por meio de votação dos funcionários, mas o método foi alterado recentemente. O CEO não comentou a mudança.

Camila França

Zuckerberg defende apoio da Meta a Trump: 'é a coisa certa a se fazer'

247 – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um acordo com a Meta, empresa responsável pelo Facebook e Instagram, no qual receberá aproximadamente US$ 25 milhões como compensação pela suspensão de suas contas nas redes sociais após a invasão ao Capitólio em 2021. A informação foi revelada pelo Wall Street Journal nesta terça-feira (30).
De acordo com o jornal, a maior parte do montante — cerca de US$ 22 milhões — será destinada à biblioteca presidencial de Trump, enquanto o restante cobrirá honorários advocatícios e despesas de outros envolvidos no processo. Apesar do acordo, a Meta não admitiu qualquer irregularidade ao bloquear as contas do presidente, conforme destacou a publicação.
A suspensão de Trump das redes sociais ocorreu após o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, quando seus apoiadores invadiram o prédio do Congresso dos EUA na tentativa de reverter a certificação da vitória eleitoral de Joe Biden. À época, a Meta justificou a decisão alegando que Trump teria violado as políticas da plataforma ao incitar violência.
O acordo marca um novo capítulo na relação entre Trump e as grandes empresas de tecnologia, especialmente após sua tentativa de lançar uma rede social própria, a Truth Social, como alternativa ao Facebook e Twitter (agora X). Além disso, o presidente já havia anunciado planos de processar outras gigantes do setor por suposta censura contra conservadores.
Outro ponto curioso revelado pelo Wall Street Journal é que, anteriormente, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, chegou a doar US$ 1 milhão para a cerimônia de posse de Trump em 2017. A relação entre ambos, no entanto, se deteriorou ao longo dos anos, especialmente após as restrições impostas pelas plataformas digitais ao presidente.
A indenização milionária pode fortalecer Trump politicamente após sua vitória eleitoral e posse no último dia 20 de janeiro, consolidando seu segundo mandato na Casa Branca em meio a uma intensa disputa com seus opositores e desafios jurídicos. Resta saber como a decisão da Meta impactará o debate sobre a regulação das redes sociais e o papel das plataformas na moderação de conteúdo político.

Meta pagará US$ 25 milhões a Trump por suspensão de suas redes sociais

247 - A Advocacia-Geral da União (AGU) realizou nesta quarta-feira (22) uma audiência pública para debater a nova política de moderação de conteúdo da Meta, controladora do Instagram, WhatsApp e Facebook. Apesar do convite, as principais empresas de tecnologia, incluindo Google, YouTube, Discord, Kwai, LinkedIn, Meta, TikTok e X (antigo Twitter), optaram por não comparecer ao evento, informa <a href="https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/big-techs-recusam-convite-do-governo-lula-para-audiencia-publica-sobre-redes-sociais,3cc1d851cfe4d5cded814c0f6d06c965m11cwikb.html">reportagem</a> do Terra.
O resultado da audiência será compilado em um documento a ser enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde está em discussão o artigo 19 do Marco Civil da Internet, que trata da responsabilização das plataformas por conteúdos ilícitos publicados por usuários.
Na abertura do evento, o ministro Jorge Messias destacou que não há qualquer prejulgamento por parte do governo federal sobre as ações das plataformas. “Temos interesse de dialogar com todas as plataformas. É uma opção [não participar], nós respeitamos, isso não interdita o debate. O diálogo está sempre aberto”, afirmou.
Messias também ressaltou a preocupação do governo com a proteção de crianças e adolescentes, além de empresários e consumidores que utilizam redes sociais para negócios e consumo.

Guilherme Paladino

Audiência Pública: Política de Moderação de Conteúdo - Plataformas Digitais

Big techs ignoram convite da AGU para discutir políticas de moderação de conteúdo

DAVOS (Reuters) - Os proprietários de plataformas de redes sociais deveriam ser responsabilizados por "envenenar a sociedade" e corroer a democracia com seus algoritmos, disse nesta quarta-feira o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, no Fórum Econômico Mundial em Davos.
Sánchez também afirmou que vai sugerir em uma reunião do Conselho da União Europeia o fim do anonimato nas redes sociais, inclusive vinculando dados dos usuários a uma carteira de identidade comum da UE e tornando os algoritmos mais transparentes.
"O proprietário de um pequeno restaurante é responsável se sua comida envenena os clientes; os magnatas das redes sociais devem ser responsabilizados se seus algoritmos envenenarem nossa sociedade", disse.
"Vamos retomar o controle. Vamos tornar as redes sociais grandes novamente", acrescentou, imitando o slogan de campanha do presidente dos EUA, Donald Trump.
Sánchez afirmou que, embora as redes sociais tenham trazido muitos benefícios, como conectar as pessoas, elas também trazem "enormes desvantagens escondidas nas entranhas dos algoritmos, como invasores escondidos na barriga do cavalo de Troia".
Os algoritmos de redes sociais usam dados e regras para determinar o conteúdo a ser exibido aos usuários.
As tentativas de responsabilizar as redes sociais têm sido risíveis até agora, de acordo com Sánchez. Ele citou a maior multa aplicada a uma empresa de redes sociais na União Europeia até o momento, de apenas 0,6% de seu lucro anual, e pediu sanções mais severas. Ele não citou o nome da empresa.

Primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, participa do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça

Primeiro-ministro da Espanha quer responsabilizar redes sociais por corrosão da democracia

247 - A posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, realizada na última segunda-feira (20), reacendeu debates globais sobre a relação entre grandes corporações tecnológicas e governos de extrema direita. Para o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), a presença de bilionários como o nazista Elon Musk (X) e Mark Zuckerberg (Meta) no lugar de honra da cerimônia representa "uma aliança perigosa" entre o Vale do Silício, a Casa Branca e Wall Street, capaz de ameaçar democracias e a soberania de países.
“Trump inaugurou uma aliança potente entre os empresários de tecnologia do Vale do Silício, a Casa Branca e o mercado financeiro de Wall Street. Todos alinhados ao projeto de extrema direita que ataca a soberania e a democracia dos países e traz o que há de pior no mundo”, criticou Lindbergh, que se disse alarmado com o papel central das big techs nesse novo cenário político.
Musk, Zuckerberg e a desinformação organizada - Entre as acusações mais contundentes feitas pelo parlamentar está a de que Elon Musk teria feito uma saudação nazista durante o discurso de posse de Trump, comparando o gesto a práticas do regime de Adolf Hitler. Lindbergh também criticou Mark Zuckerberg pela flexibilização das políticas de checagem de fatos nas plataformas Meta, o que, segundo ele, “prioriza a desinformação”.
“Zuckerberg anunciou mudanças na política de checagem de fatos, se aproximando da nova política praticada pelo X, priorizando a desinformação. Quem está realmente controlando o que você pode dizer ou ouvir? Isso é liberdade de expressão?”, questionou o deputado.
Ele alertou para o poder das plataformas de manipular conteúdos e influenciar a opinião pública com algoritmos, reforçando interesses econômicos e políticos específicos. “Eles podem manipular, dizer quem pode falar para a opinião pública e quem não pode. Isso é muito perigoso para a soberania nacional e para a democracia dos países".
Golpes tecnológicos e interferência política - Lindbergh também destacou um novo modelo de intervenção nos países, que ele chamou de “golpe tecnológico”. Para ele, o alinhamento das big techs com Trump pode resultar na manipulação da opinião pública em escala global, com impacto direto nos processos políticos, especialmente em nações da América Latina.
“Vários golpes aconteceram com a participação norte-americana, algumas vezes com intervenção militar, outras vezes estimulando lawfare. Só que agora, com essa nova aliança do Trump, pode surgir um novo tipo de golpe, estruturado pelas plataformas”, afirmou.
O parlamentar pediu urgência na regulamentação das redes sociais, com foco na transparência e na responsabilização das plataformas. “É hora do Brasil defender sua soberania. Aqui tem leis que têm que ser respeitadas. Trump, Zuckerberg e Musk não vão nos colocar de joelhos”, concluiu.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560">A ALIANÇA DE TRUMP E AS BIG TECHS AMEAÇA A NOSSA SOBERANIA E DEMOCRACIA <a href="https://t.co/4mmF4vyc2Y">pic.twitter.com/4mmF4vyc2Y</a>&mdash; Lindbergh Farias (@lindberghfarias) <a href="https://twitter.com/lindberghfarias/status/1882004148851482649?ref_src=twsrc%5Etfw">January 22, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Trump e big techs: aliança controversa preocupa democracias globais, alerta Lindbergh Farias

247 - O canal oficial de Jair Bolsonaro (PL) no WhatsApp foi bloqueado na última segunda-feira (20), após denúncias de violação das diretrizes da plataforma. A rede social, controlada pela Meta, tomou a decisão após Bolsonaro compartilhar um vídeo que abordava a libertação de três mulheres israelenses reféns do Hamas na Faixa de Gaza, informa a <a href="https://veja.abril.com.br/coluna/maquiavel/whatsapp-bloqueia-canal-de-bolsonaro-e-apoiadores-criticam-zuckerberg/">Veja</a>. O conteúdo foi considerado pela plataforma como endossando discurso de ódio e apoio a grupos terroristas.
Bolsonaro utilizou seu perfil no X (antigo Twitter) para anunciar o bloqueio e criticar a ação da empresa. No vídeo compartilhado, Bolsonaro descreveu as mulheres como “inocentes, mantidas reféns por selvagens” e mencionou o Hamas de forma contundente. O WhatsApp sinalizou a publicação com um aviso de violação das diretrizes da plataforma, que proíbem apoio a grupos classificados como terroristas.
Críticas a Mark Zuckerberg e política de moderação - Seguidores de Bolsonaro reagiram com indignação à decisão da Meta. Nos comentários no X, muitas críticas foram direcionadas ao fundador da empresa, Mark Zuckerberg. Alguns usuários acusaram o empresário de "censura" e classificaram as medidas como parte de uma agenda "woke" ou "comunista". &nbsp;
“Zuckerberg ainda não mudou nada, pelo visto”, escreveu um apoiador, referindo-se à moderação de conteúdo nas redes sociais da Meta. Outros, em tom sarcástico, mencionaram a recente aproximação entre Zuckerberg e Donald Trump como um sinal de “contradição” em suas políticas de moderação.
Embora a Meta tenha relaxado algumas de suas políticas de conteúdo, incluindo a eliminação de programas de checagem de fatos, a empresa mantém controles sobre publicações que podem ser associadas a discurso de ódio ou apoio a atividades terroristas.&nbsp;

Guilherme Levorato

WhatsApp bloqueia canal de Bolsonaro e apoiadores acusam Meta de censura

Reuters - Bilionários da tecnologia, diplomatas estrangeiros e CEOs estiveram ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta segunda-feira, participando de eventos como o tradicional culto na Igreja St. John's, em Washington, e ocupando lugares de destaque na rotunda do Capitólio antes do discurso de posse.
O culto, normalmente uma parte discreta do Dia da Posse, tornou-se um verdadeiro desfile de grandes nomes dos Estados Unidos e do mundo, incluindo alguns dos indivíduos mais ricos do planeta. A presença de executivos de tecnologia próximos a Trump, como Elon Musk, reforça o tema central da transição de poder de Trump e já provoca reações, incluindo alertas do ex-presidente Joe Biden.
A seguir, uma lista dos principais participantes do Dia da Posse:
Elon Musk, CEO da Tesla - O homem mais rico do mundo, líder da Tesla, SpaceX e X, investiu mais de 250 milhões de dólares na eleição de Trump em novembro. Trump designou Musk para liderar um departamento voltado à criação de um governo mais eficiente. Musk chegou ao culto desacompanhado.
Shou Zi Chew, CEO do TikTok - Um dia antes da posse, o TikTok agradeceu a Trump por seu papel em restaurar o serviço do aplicativo nos EUA. O aplicativo, que enfrentava um banimento no país, foi salvo após Trump prometer restaurar o acesso ao serviço assim que assumisse o poder.
Mark Zuckerberg, CEO da Meta - Desde a eleição de Trump, Zuckerberg anunciou o fim do programa de checagem de fatos da Meta nos EUA e flexibilizou políticas sobre tópicos polêmicos como imigração e identidade de gênero, em resposta a críticas de apoiadores conservadores. Zuckerberg chegou ao culto acompanhado de sua esposa, Priscilla Chan.
Miriam Adelson - A bilionária dos cassinos e importante doadora republicana liderou o Preserve America super PAC, que apoiou Trump. Adelson, nascida em Israel, desempenhou papel crucial na primeira vitória presidencial de Trump.
Mukesh Ambani, bilionário indiano - Ambani, o homem mais rico da Índia e líder da Reliance Industries, a empresa mais valiosa do país, também participou do evento pré-posse de Trump.
Família Arnault - Bernard Arnault, CEO da LVMH, compareceu com sua esposa, Hélène Mercier, e dois de seus filhos, Delphine e Alexandre Arnault, ambos com cargos de destaque no grupo de luxo. A família Arnault é a mais rica da França.
Jeff Bezos, CEO da Amazon - Bezos, que também lidera a Blue Origin e o jornal The Washington Post, chegou ao Capitólio acompanhado de sua noiva, Lauren Sanchez. A Amazon transmitiu a posse de Trump em sua plataforma Prime Video.
Sundar Pichai, CEO do Google - A Alphabet, empresa controladora do Google, doou 1 milhão de dólares ao fundo inaugural de Trump, ao lado de empresas como Amazon e Meta. Especialistas acreditam que Trump poderá aliviar algumas das políticas antitruste aplicadas pelo governo Biden contra o Google.
Boris Johnson, ex-primeiro-ministro do Reino Unido - Johnson, apelidado de "Trump britânico" pelo próprio Trump, esteve presente para reafirmar sua posição como apoiador fervoroso da Ucrânia em sua luta contra a Rússia.
Trump começa seu segundo mandato cercado por bilionários e influentes líderes globais, consolidando um eixo político e econômico que promete mudanças significativas em sua gestão.

Leonardo Sobreira

Os CEOs Mark Zuckerberg (Facebook), Jeff Bezos (Amazon), Sundar Pichai (Google) e Elon Musk (Tesla, SpaceX e X) na cerimônia de posse

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