Advogado fala em “brutalidade da decisão” contra Ollanta Humala
A Defesa irá apelar à Suprema Corte peruana contra prisão preventiva do ex-presidente do país
247 - O Terceiro Juizado Criminal de Lima, no Peru, emitiu, nesta terça-feira (15), sentença condenatória de 15 anos de prisão para o ex-presidente Ollanta Humala e sua esposa, Nadine Heredia, decretando a prisão preventiva de ambos. Eles eram acusados de receber US$ 3 milhões para fundos de campanha, de forma ilícita, da construtora Odebrecht.
O entendimento do Tribunal seguiu a mesma linha que o TRF-4 brasileiro, quando da condenação dos envolvidos na Lava Jato, ignorou a obtenção de provas de maneira ilícita, tese que acabou prosperando no Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro.
O escritório brasileiro Massud, Sarcedo e Andrade atuou na defesa do ex-presidente e levou à Justiça do Peru os argumentos que, no Brasil, serviram para inocentar os acusados da Lava Jato, como a obtenção ilícita de provas e a falta de delitos antecedentes ao crime de lavagem de dinheiro — o que é exigido naquele país.
“Como advogado que trabalhou na obtenção de documentos, provas e declarações de nulidade para eles aqui no Brasil, posso afirmar que o fundamento da decisão ignorou a evidente ilicitude de várias provas e muitas que delas derivaram, tal como ocorrido aqui em casos semelhantes da Lava Jato”, afirma Leonardo Massud.
Segundo ele, a Corte de Primeira Instância “demonstrou ainda mais a brutalidade da decisão, emitindo ordem imediata de prisão a quem ainda deve ser presumidamente considerado inocente e que sempre cumpriu com todos os chamados processuais”.
Massud afirma que os advogados peruanos que acompanham o caso vão apelar da decisão e contestar a prisão preventiva de Ollanta e Nadine em instância superior.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: