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Cappelli sobre Abin Paralela: 'em outros países, agências de inteligência são organismos de Estado para assuntos estratégicos'

'Quiseram fazer bisbilhotagem', afirmou o presidente da Agência de Desenvolvimento Industrial e ex-secretário-executivo do Ministério da Justiça

Ricardo Cappelli (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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247 - O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, pediu a prisão das pessoas envolvidas no esquema de espionagem ilegal feita pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro (PL). O dirigente da ABDI foi secretário-executivo do Ministério da Justiça nesta terceiro mandato do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"No mundo, as agências de inteligência são organismos de Estado para assuntos estratégicos. Aqui, encheram de elementos mequetrefes pra fazer bisbilhotagem. Parabéns à @policiafederal. Cadeia é o lugar destes meliantes e de seus chefes", afirmou Cappelli na rede social X.

De acordo com as investigações, políticos dos Poderes Executivo, Legislativo e ministros do STF foram alvos de espionagem ilegal. A PF prendeu cinco pessoas nesta quinta (11) que seriam aliadas do governo bolsonarista.

Investigadores apuram se a ‘Abin paralela’ foi utilizada para barrar o depoimento do vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL) à CPI da Covid. Diálogos interceptados pela PF mostram que a estrutura paralela foi utilizada para difundir informações falsas sobre o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que pretendia convocar o filho de Jair Bolsonaro à comissão.

Tentativa de golpe

Uma interpretação entre parlamentares é uma associação entre a Abin paralela, e a tentativa de golpe antes e depois de o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ser eleito, em outubro de 2022. Investigadores também querem saber se a espionagem seria parte de um plano golpista. As apurações estão em andamento.

Em fevereiro de 2024, a PF iniciou a Operação Tempus Veritatis (“A hora da Verdade”), com o objetivo de ter mais detalhes do plano golpista e punir os envolvidos no esquema. A tentativa de golpe, planejada antes de Lula ser eleito, previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Entre os alvos da operação estão Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, todos generais e antigos assessores de Jair Bolsonaro.

Após a eleição de Lula, aconteceram os atos golpistas, em 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), resultando em pelo menos 1.390 denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República e 226 condenações determinadas pelo Supremo Tribunal Federal.

De 8 de janeiro a 31 do mesmo mês em 2023, Cappelli foi interventor federal na segurança pública do Distrito Federal, porque o ex-secretário Anderson Torres estava sendo investigado no inquérito dos atos golpistas. No período 19 de abril-4 de maio, o atual presidente da ABDI foi, temporariamente, o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que era chefiado pelo general Augusto Heleno.

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