"Combate às drogas não se faz apenas pela força bruta", diz Lewandowski após STF descriminalizar porte de maconha
Ministro da Justiça destacou "educação e políticas públicas" como meios para o combate às drogas
247 - Um dia após o Supremo Tribunal Federal (STF) descriminalizar o porte de maconha para consumo pessoal, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que o combate ao tráfico de drogas não se dá apenas pela “força bruta”
"Combate às drogas não se faz apenas com força bruta, mas sobretudo com educação e políticas públicas", afirmou Lewandowski nesta quarta-feira (26), de acordo com o jornal O Globo, durante o lançamento de três programas voltados à prevenção às drogas. O anúncio foi feito em um seminário no Ministério da Justiça, marcando a Semana Nacional de Políticas sobre Drogas.
Lewandowski também ressaltou a necessidade de evitar o "aliciamento" de jovens por facções criminosas. "Para isso, vamos apoiar a capacitação e suporte técnico aos profissionais da educação em todo o país", acrescentou. O principal programa lançado foi o "Cria: Prevenção e Cidadania", que prevê iniciativas nas escolas para alertar sobre o uso problemático de drogas.
O ministro também relacionou o tráfico de drogas à destruição do meio ambiente na Amazônia, indicando que os estados com redução do desmatamento também registraram maior apreensão de drogas. "A questão das drogas está intimamente relacionada ao desmatamento ilegal", disse Lewandowski.
Camilo Santana, ministro da Educação, que também participou do evento, destacou que "o maior problema da violência no Brasil é o tráfico de drogas". Ele afirmou a necessidade de atuar em duas frentes: combate ao tráfico e prevenção.
A decisão do STF, que vinha sendo debatida há nove anos, formou maioria (8 a 3) ontem para entender que o porte de maconha para uso pessoal é um ato ilegal, mas não penal. Na prática, isso significa que o uso da substância deixará de ser crime e passará a ser um ilícito administrativo. Nesta quarta-feira, o STF irá deliberar sobre critérios objetivos para diferenciar usuários de traficantes, aspecto não definido na atual Lei de Drogas.
Antes de assumir o Ministério da Justiça, Lewandowski foi ministro do STF e presidiu a corte entre 2014 e 2016.
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