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    Fake news do 'imposto sobre Pix' atinge milhões nas redes e Secom encomenda campanha urgente de esclarecimento

    Ministro Sidônio Palmeira toma posse nesta terça-feira diante da missão de blindar o governo das ondas de fake news

    Sidônio Palmeira (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
    Guilherme Levorato avatar
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    247 - A recente propagação de fake news sobre a suposta taxação de transferências via Pix colocou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) diante de um dos maiores desafios na gestão da imagem do governo Lula (PT). Um levantamento do jornal O Globo revelou que, na última semana, postagens críticas ao governo sobre o tema acumularam 25 milhões de visualizações. A desinformação, que distorce a nova fiscalização da Receita Federal sobre transações financeiras, ganhou força com a participação de figuras da oposição, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

    Sidônio Palmeira, que assume oficialmente nesta terça-feira (14) o comando da Secom, encontra um ambiente de crescente proliferação de desinformação. A equipe já articula estratégias para conter as fake news, incluindo uma campanha urgente com as agências Calia, Nacional, Propeg e Nova, segundo Lauro Jardim, do jornal O Globo. Segundo Palmeira, é fundamental agir com rapidez e criatividade: “não podemos deixar a fake news entrar sozinha. Primeiro, você precisa passar verdade e depois desfazer a mentira”, afirmou.

    A confusão surgiu após a Receita Federal anunciar a obrigatoriedade de comunicação - por parte de instituições de pagamentos - de transações acima de R$ 5 mil por mês realizadas por pessoas físicas. A medida, que inclui diversas formas de movimentação financeira, como TEDs, saques e depósitos, foi distorcida por políticos da oposição. Flávio Bolsonaro chegou a afirmar que a decisão “acaba com o sigilo bancário em todo o Brasil”.

    Diante da escalada da desinformação, o presidente Lula gravou um vídeo desmentindo as informações. Em tom descontraído, Lula realizou uma transferência via Pix para a Arena Corinthians, ironizando a falsa cobrança de imposto. A ideia do vídeo foi sugerida pela primeira-dama, Janja da Silva, que alertou o presidente sobre a gravidade do boato. A gravação alcançou 14,9 milhões de visualizações.

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), também atuou para desmentir a fake news, ressaltando que “está circulando uma fake news que prejudica o debate público e a democracia”. 

    Especialistas apontam que a oposição bolsonarista encontrou nos temas de impostos e arrecadação um campo frutífero para disseminar desinformação. Marco Aurélio Ruediger, diretor da Escola de Comunicação da FGV, destaca que esse tipo de estratégia dificulta a comunicação do governo com esses grupos.

    Casos recentes de fake news reforçam esse padrão, como as falsas informações sobre o uso de recursos públicos no show da cantora Madonna no Rio de Janeiro e as mentiras sobre a atuação do governo nas enchentes do Rio Grande do Sul. Para enfrentar esse cenário, a Secom aposta em respostas rápidas, campanhas educativas e na regulação das redes sociais para coibir a propagação de conteúdos falsos.

    A gestão de Sidônio Palmeira inicia-se com a missão de fortalecer a comunicação institucional e blindar o governo de campanhas de desinformação, um desafio crescente em tempos de polarização e proliferação de fake news.

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