Governo do Rio negocia apoio dos EUA para combate a facção do tráfico
Um dos órgãos já envolvidos na negociação é o Serviço de Segurança Diplomática, subordinado ao Departamento de Estado dos EUA
Paulo Barros, Infomoney - Um dos órgãos americanos já envolvidos na negociação seria o Serviço de Segurança Diplomática, subordinado ao Departamento de Estado dos EUA
A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro está negociando um acordo com o governo dos Estados Unidos para que o Comando Vermelho (CV) seja reconhecido como uma organização criminosa internacional. A informação foi publicada pelo jornal Extra, que teve acesso a documentos exclusivos sobre o tema.
De acordo com a publicação, um dos órgãos americanos já envolvidos na negociação é o Serviço de Segurança Diplomática (DSS, na sigla em inglês), subordinado ao Departamento de Estado dos EUA e responsável pelo combate a crimes internacionais.
O reconhecimento do CV como Organização Criminosa Transnacional (TCO, na sigla em inglês) permitiria uma atuação mais ampla de agências do governo dos EUA, como a Drug Enforcement Administration (DEA) e a Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF), para combater as atividades da facção. O jornal aponta que a parceria entre os governos do Rio e dos EUA vem sendo costurada desde junho de 2024.
A justificativa para o acordo está baseada em indícios de que o CV estaria recrutando comparsas dentro dos Estados Unidos e que a facção teria se aliado a cartéis da América do Sul para levar drogas ao país norte-americano.
Principais medidas do acordo - Caso o Comando Vermelho seja classificado como organização criminosa transnacional, os membros da facção poderão ser incluídos em alertas nos sistemas americanos de imigração, dificultando sua entrada nos EUA.
Ainda segundo o Extra, a minuta de um memorando de entendimento entre o Departamento de Estado americano e a Secretaria de Segurança Pública do Rio já foi elaborada em agosto de 2024. O documento prevê ações conjuntas para combater crimes como corrupção, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, além de atuar contra o uso de documentos falsificados e capturar foragidos internacionais.
O acordo, caso assinado, terá validade de quatro anos e será revisado anualmente. Até o momento, o Consulado dos Estados Unidos no Rio não se pronunciou sobre as negociações.
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