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    Lula diz que não há motivo para vetar legalização dos jogos de azar

    "Eu não sou favorável a jogo não. Mas também não acho crime", disse o presidente

    Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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    247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (21) que caso o Congresso aprove o projeto que legaliza os chamados ‘jogos de azar’, como cassinos, bingos e jogo do bicho, por exemplo, ele sancionará a proposta. "Eu não sou favorável a jogo não. Mas também não acho crime. Mas não é isso que vai resolver o problema do Brasil. Essa promessa fácil de que vai gerar 2 milhões de empregos, que vai desenvolver não sei aonde, não é verdade também", disse o presidente.

    Lula afirmou que a proibição de jogos de azar fazia mais sentido antigamente, mas agora, com a popularização de jogos no celular e de apostas esportivas, o discurso não faz mais tanto sentido. “Houve um tempo em que esse discurso de jogos de azar tinha alguma verdade. Em todos os jogos que acontecem, eu sempre achei que o jogo do bicho era o jogo que mais distribuía dinheiro, porque o cara ganhava R$ 50, R$ 40, R$ 30, o cara levanta de manhã e vai apostar na borboleta, no leão, no cachorro, no macaco… Isso é considerado contravenção, é proibido. Jogar baralho é proibido, cassino é proibido. Mas e a jogatina que tem hoje no esporte? Criança com celular na mão fazendo aposta o dia inteiro. Quem segura isso?”, opinou.

    Sobre os cassinos, o presidente disse que a legalização da atividade não deve prejudicar a vida dos trabalhadores. “Eu não acredito no discurso de que ‘se tiver cassino o pobre vai gastar’. O pobre não vai no cassino. O pobre vai trabalhar no cassino, o pobre pode até ver sua cidade se desenvolver, mas ele não vai, porque o cassino é uma coisa para quem tem dinheiro”, afirmou.

    A Comissão de Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou na última quarta-feira (19), por 14 votos a 12, o projeto de lei que autoriza o funcionamento de cassinos e bingos no Brasil, legaliza o jogo do bicho e permite apostas em corridas de cavalos. O texto segue agora para votação no Plenário do Senado.

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