Meta diz que defende liberdade de expressão em resposta à AGU
Empresa foi alvo da AGU para explicar suas alterações nas políticas de moderação de conteúdo em plataformas de rede social
247 - Em resposta ao pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para que explique as alterações nas políticas de moderação de conteúdo em suas plataformas de rede social, a Meta Platforms reforçou que continuará a derrubar conteúdo criminoso. O conglomerado também afirmou que está comprometido com políticas de direitos humanos, desde que reconheçam o direito fundamental à liberdade de expressão.
A declaração consta na resposta da Meta a um pedido de manifestação feito pela AGU à empresa após seu presidente-executivo, Mark Zuckerberg, anunciar o fim do programa de checagem de fatos nas redes da empresa nos Estados Unidos.
O conglomerado citou alguns crimes que continuará reprimindo em suas plataformas: “Até agora, vínhamos usando sistemas automatizados para detectar violações a todas as políticas. Vamos concentrar o uso desses sistemas para lidar com violações de alta gravidade, como terrorismo, exploração sexual infantil, drogas, fraudes e golpes. Continuaremos também a utilizar os nossos sistemas automatizados para analisar conteúdos que incentivem o suicídio e a automutilação”, disse a Meta no documento enviado à AGU, conforme noticiado pelo Metrópoles nesta terça-feira (14).
A Meta afirmou que, "no momento", o fim da checagem de fatos acontecerá somente nos EUA e que a medida será testada lá antes de ser eventualmente implementada em outros países. “Continuaremos a adotar medidas contra conteúdo que for violador em resposta. Também permanecem inalteradas as parcerias vigentes com diferentes agências governamentais”, informou.
A empresa também ressaltou à AGU que atua em conformidade com a "política de direitos humanos" ao estar "profundamente comprometida" com a liberdade de expressão, "direito humano fundamental que permite o exercício de muitos outros direitos”.
A empresa dos EUA também sustentou que “formas abusivas do exercício desse direito" podem causar danos para grupos vulneráveis, completou.
Em janeiro, a Meta Platforms, proprietária do Facebook e do Instagram, iniciou uma ampla reformulação. O conglomerado de Mark Zuckerberg encerrou seu programa de verificação de fatos nos Estados Unidos, nomeou o republicano Joel Kaplan para o cargo de diretor de Assuntos Globais e indicou Dana White, CEO do Ultimate Fighting Championship (UFC) e aliado próximo do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, para integrar seu conselho de administração.
A empresa tem intensificado esforços para melhorar sua relação com Trump. O republicano já criticou duramente as políticas de moderação de conteúdo da empresa e chegou a ameaçar prender Zuckerberg.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: