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    Meta diz que defende liberdade de expressão em resposta à AGU

    Empresa foi alvo da AGU para explicar suas alterações nas políticas de moderação de conteúdo em plataformas de rede social

    Impressão em 3D de logo da Meta sobre teclado de computador, em foto de ilustração (Foto: REUTERS/Dado Ruvic)
    Leonardo Sobreira avatar
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    247 - Em resposta ao pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para que explique as alterações nas políticas de moderação de conteúdo em suas plataformas de rede social, a Meta Platforms reforçou que continuará a derrubar conteúdo criminoso. O conglomerado também afirmou que está comprometido com políticas de direitos humanos, desde que reconheçam o direito fundamental à liberdade de expressão. 

    A declaração consta na resposta da Meta a um pedido de manifestação feito pela AGU à empresa após seu presidente-executivo, Mark Zuckerberg, anunciar o fim do programa de checagem de fatos nas redes da empresa nos Estados Unidos. 

    O conglomerado citou alguns crimes que continuará reprimindo em suas plataformas: “Até agora, vínhamos usando sistemas automatizados para detectar violações a todas as políticas. Vamos concentrar o uso desses sistemas para lidar com violações de alta gravidade, como terrorismo, exploração sexual infantil, drogas, fraudes e golpes. Continuaremos também a utilizar os nossos sistemas automatizados para analisar conteúdos que incentivem o suicídio e a automutilação”, disse a Meta no documento enviado à AGU, conforme noticiado pelo Metrópoles nesta terça-feira (14). 

    A Meta afirmou que, "no momento", o fim da checagem de fatos acontecerá somente nos EUA e que a medida será testada lá antes de ser eventualmente implementada em outros países. “Continuaremos a adotar medidas contra conteúdo que for violador em resposta. Também permanecem inalteradas as parcerias vigentes com diferentes agências governamentais”, informou.

    A empresa também ressaltou à AGU que atua em conformidade com a "política de direitos humanos" ao estar "profundamente comprometida" com a liberdade de expressão, "direito humano fundamental que permite o exercício de muitos outros direitos”. 

    A empresa dos EUA também sustentou que “formas abusivas do exercício desse direito" podem causar danos para grupos vulneráveis, completou.

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    Jorge Messias (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

    Em janeiro, a Meta Platforms, proprietária do Facebook e do Instagram, iniciou uma ampla reformulação. O conglomerado de Mark Zuckerberg encerrou seu programa de verificação de fatos nos Estados Unidos, nomeou o republicano Joel Kaplan para o cargo de diretor de Assuntos Globais e indicou Dana White, CEO do Ultimate Fighting Championship (UFC) e aliado próximo do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, para integrar seu conselho de administração.

    A empresa tem intensificado esforços para melhorar sua relação com Trump. O republicano já criticou duramente as políticas de moderação de conteúdo da empresa e chegou a ameaçar prender Zuckerberg.

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