Ministério de Alckmin diz que apostas online não aumentaram o endividamento das famílias

247 – O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços publicou uma nota técnica rebatendo as informações de que os gastos com apostas esportivas online tenham aumentado o endividamento das famílias ou causado uma queda no varejo. Segundo a pasta, os dados do comércio no Brasil não identificam qualquer desaceleração no setor.

Conforme reportado pela Folha de S. Paulo, o documento foi elaborado a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) no contexto de uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) que solicita a suspensão da lei de bets, setor atualmente em fase de regulamentação pelo governo federal.

"Os dados disponibilizados pelo IBGE indicam que o comércio no Brasil está em crescimento, com as vendas no varejo apresentando as seguintes variações: Em julho de 2024, as vendas cresceram 0,6% em relação a junho. No primeiro semestre de 2024, o comércio varejista acumulou alta de 5,3%. Nos últimos 12 meses até julho, o comércio varejista acumulou alta de 3,7%", informou a nota.

No documento, o ministério também afirmou que "é ainda mais complexo atribuir qualquer variação nos resultados do setor aos gastos em apostas e jogos de azar". Além disso, questionou os dados apresentados pelo Banco Central, que indicaram que, somente em agosto, beneficiários do Bolsa Família teriam transferido R$ 3 bilhões para plataformas de apostas através de pagamentos via Pix.

"Tais valores representam valores brutos das apostas, sem considerar os prêmios pagos aos apostadores, o que resultaria em menor gasto líquido em apostas”, afirmou a nota.

Questionado, o ministério reforçou que considera o tema relevante e que irá monitorar o impacto das apostas esportivas, especialmente em relação ao comércio varejista.