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PF faz operação contra grupo que movimentou R$ 1,6 bilhão para bets ilegais e golpistas

Agentes cumprem nove mandados de busca e apreensão, além de ordens judiciais de indisponibilidade de bens, valores e criptoativos que somam R$ 70 milhões

(Foto: Divulgação/Polícia Federal)

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247 - A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (30), a Operação Backyard, que tem como alvo grupo criminoso que operava um esquema de movimentação de dinheiro para plataformas de apostas esportivas, especialmente aquelas sediadas no exterior. A investigação revela que o grupo movimentou impressionantes R$ 1,6 bilhão em um período inferior a três anos.

Durante a operação, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, emitidos pela 1ª Vara da Justiça Federal em Itajaí (SC), nas cidades de Itajaí, Balneário Camboriú e Navegantes, em Santa Catarina, além de Olinda, em Pernambuco. As ações policiais também resultaram na aplicação de ordens judiciais de indisponibilidade de bens que podem chegar a R$ 70 milhões. Ainda segundo a PF, foram implementados  bloqueios junto a exchanges de criptoativos e instituições de pagamento, que frequentemente dificultam a rastreabilidade dos recursos.

As investigações apontam que o grupo opera por meio de empresas de provimento de serviços de pagamento localizadas na costa de Santa Catarina, as quais fornecem tecnologia para plataformas de apostas não autorizadas e para a execução de fraudes na internet. Os pagamentos eram feitos de forma informal, utilizando criptoativos, o que configura o crime de evasão de divisas. Além disso, foram identificados fluxos financeiros associados à lavagem de dinheiro que envolvem agentes públicos e suspeitos de tráfico de drogas.

 Ainda de acordo com a investigação, apesar da significativa movimentação financeira, muitas das empresas associadas ao grupo não apresentavam indícios de funcionamento real. As autoridades suspeitam que grande parte delas seja composta por empresas de fachada ou holdings, criadas para proteger o patrimônio obtido através de atividades ilícitas.

A investigação também revelou que, nos últimos meses, o grupo expandiu suas operações para além das fronteiras brasileiras, estabelecendo escritórios em diversos países da América Latina e em Portugal.

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