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    Vídeo da Marinha que questiona ideia de privilégios para militares teve aval da cúpula das Forças Armadas

    Peça publicitária foi aprovada pela alta cúpula militar, incluindo o comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen

    Marcos Sampaio Olsen (Foto: Sargento MA Ronnie/Marinha do Brasil)

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    247 - O vídeo que questiona a ideia de "privilégios" nas Forças Armadas, divulgado pela Marinha, foi aprovada pela alta cúpula militar, incluindo o comandante da Força Naval, almirante Marcos Sampaio Olsen, destaca a jornalista Raquel Landim em sua coluna no UOL. O vídeo tinha originalmente o intuito de comemorar o Dia do Marinheiro, celebrado em 13 de dezembro. No entanto, a divulgação foi ajustada para responder às propostas de ajuste fiscal do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que inclui mudanças nas aposentadorias dos militares.

    O conteúdo do vídeo refuta a ideia de que os militares gozam de privilégios, ao destacar que a aposentadoria nas Forças Armadas visa compensar as peculiaridades da carreira, como a impossibilidade de greve, a ausência de direitos políticos, a falta de horas extras e o não recebimento de adicional de periculosidade, entre outros pontos.

    Em um momento controverso, o vídeo apresenta um soldado que é parecido com o próprio ministro da Fazenda, com a legenda "vocês terão que se acostumar". No entanto, fontes militares negaram que a semelhança com Haddad tenha sido intencional, afirmando que a produção foi feita internamente e com um baixo custo.

    Além disso, as fontes ouvidas pela reportagem alegam que o objetivo do vídeo não foi criar uma comparação entre jovens marinheiros e civis, mas sim ilustrar a Marinha "trabalhando enquanto a sociedade descansa". A peça também é a estreia do novo canal da Marinha no TikTok, uma plataforma popular entre os mais jovens.

    O conteúdo do vídeo surge em meio a um impasse sobre a proposta de Haddad que, dentro do pacote fiscal, inclui a implementação de uma idade mínima de 55 anos para a aposentadoria dos militares. Além disso, o ajuste prevê a eliminação da chamada "morte ficta" e a proibição da transferência de cotas de aposentadoria entre filhas de militares. Embora o ajuste tenha sido proposto, ainda não há consenso sobre o período de transição necessário para implementar a medida.

    No último sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para discutir essas propostas.

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