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    Wassef diz a aliados que teria alertado Bolsonaro sobre participação de 'infiltrada' em reunião para blindar Flávio

    A gravação da reunião foi feita pelo então chefe da Abin do governo Bolsonaro, Alexandre Ramagem

    (Foto: Reuters/Adriano Machado/Reuters)

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    247 - Frederick Wassef, ex-advogado do clã Bolsonaro, teria tido um papel fundamental na decisão de gravar a reunião realizada entre Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal e ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem (Pl-RJ) e as advogadas do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Segundo  a coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo, Wassef diz a aliados que ele teria sido o responsável por alertar que uma das defensoras do senador supostamente teria relações com o então governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, adversário de Bolsonaro.

    A gravação da reunião em que foi discutida a blindagem de Flávio Bolsonaro de uma investigação da Receita Federal sobre um suposto esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) veio à tona durante a investigação da Polícia Federal (PF) sobre a "Abin Paralela" do governo Bolsonaro. A gravação foi feita por Ramagem. 

    Wassef, em conversas com pessoas próximas, afirmou que havia avisado Bolsonaro sobre a presença de uma pessoa ligada a Witzel na reunião. O advogado sustentou que a gravação foi uma medida preventiva, uma versão corroborada por Alexandre Ramagem em um vídeo publicado nas suas redes sociais. No vídeo, Ramagem explica que "a gravação aconteceu porque veio uma informação de uma pessoa que viria na reunião, que teria contato com o governador do Rio à época e poderia vir com uma proposta nada republicana. A gravação seria, portanto, para registrar um crime contra o presidente da República. Só que isso não aconteceu e a gravação foi descartada." O nome Wassef, contudo, não foi mencionado pelo ex-chefe da Abin. 

    Durante a gravação, Jair Bolsonaro mencionou que Witzel prometeu resolver o problema de Flávio Bolsonaro na investigação das rachadinhas em troca de uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Witzel negou as acusações, afirmando que "jamais ofereceu qualquer tipo de 'auxílio’ a qualquer um" durante o seu governo e disse que o ex-mandatário teria “se confundido” ao fazer a afirmação. 

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