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    PF vai questionar Ramagem sobre ofensiva da 'Abin paralela' contra auditores da Receita para blindar Flávio Bolsonaro

    Ramagem, ex-diretor da Abin, é investigado por seu envolvimento na tentativa de proteger Flávio Bolsonaro de investigações de rachadinhas

    Alexandre Ramagem e Flávio Bolsonaro

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    247 - A Polícia Federal (PF) interrogará nesta quarta-feira (17), no Rio de Janeiro, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) sobre a suposta espionagem realizada por agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) contra auditores da Receita Federal. Ramagem, que liderou a Abin durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), é investigado por seu possível envolvimento na tentativa de proteger o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) de investigações de movimentações financeiras suspeitas.

    Segundo as investigações, a Abin pode ter sido utilizada para beneficiar a família do ex-presidente Bolsonaro. A expectativa, de acordo com o blog do Valdo Cruz, no G1, é que Ramagem deve argumentar em seu depoimento que nenhuma atividade ilegal foi discutida na reunião realizada no Palácio do Planalto entre ele, Bolsonaro, o general Augusto Heleno e duas advogadas de defesa de Flávio Bolsonaro. As advogadas representavam Flávio nas investigações sobre a prática de "rachadinha" em seu gabinete quando era deputado estadual no Rio de Janeiro. Ramagem sustentará que Bolsonaro declarou não querer nenhum favorecimento pessoal no caso.

    No entanto, a PF possui evidências de que, após a reunião de 25 de agosto de 2020, ocorreram ações tanto pela Receita Federal quanto pela Abin para tentar proteger Flávio Bolsonaro das investigações conduzidas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. Essas ações incluem a abertura de investigações sem base legal contra auditores da Receita e a espionagem dos mesmos por agentes da Abin.

    A PF avalia que houve tráfico de influência no uso da Receita Federal para investigar os auditores que fiscalizavam Flávio Bolsonaro. De acordo com as investigações, Bolsonaro teria facilitado a conexão entre as advogadas e o  então secretário da Receita Federal, José Tostes, com base em áudios da reunião no Palácio do Planalto e em outras investigações posteriores.

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