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    Há divergência no Copom sobre balanço de riscos e tema será definido em próxima reunião, diz Campos Neto

    "O que posso dizer é que há opiniões divergentes no grupo sobre o balanço de riscos, se são simétricos ou não", disse o presidente do Banco Central

    Roberto Campos Neto (Foto: Reuters/Brendan McDermid)

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    Reuters - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse em entrevista publicada nesta terça-feira pelo jornal O Globo que há divergências dentro do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC sobre se o balanço de riscos atual é simétrico ou não e que este tema será debatido na próxima reunião do colegiado entre os dias 17 e 18 de setembro.

    "O que posso dizer, e de novo, é que há opiniões divergentes no grupo sobre o balanço de riscos, se são simétricos ou não. A gente vai decidir no próximo Copom", disse Campos Neto, de acordo com o jornal, quando perguntado se o cenário mais provável é a manutenção ou elevação dos juros.

    Campos Neto também disse na entrevista que a diretoria do BC chegou a discutir sobre uma intervenção no mercado de câmbio diante do salto recente do dólar ante o real, que levou a moeda norte-americana a ultrapassar a casa dos 5,80 reais, mas ao olhar para a liquidez do mercado de câmbio, acabou optando por não atuar.

    "A gente olhava a liquidez no câmbio e achava que não (tinha disfuncionalidade no mercado). Olhava a precificação do câmbio com outras variáveis do Brasil e achava que não. Mas quando olhava a desvalorização do câmbio tinha sido bastante rápido naquele período. Então gerou um debate, a gente preferiu esperar. Teve momentos que a gente estava preparado para intervir de fato", contou.

    "Mas se mostrou uma decisão bastante boa não intervir: o câmbio voltou, a taxa de juros longa voltou. A desvalorização é uma percepção de piora no risco de um país. O problema quando você faz intervenção é que não consegue intervir em todos os mercados. E o que acontece, geralmente, é que o pessoal que está buscando o hedge (proteção), foge para a taxa de juros longa, que é muito mais disruptiva, porque o Tesouro não tem como recomprar, tem que se financiar."

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