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Líder do governo no Congresso cobra que 'todo o BC' vote pela queda da taxa de juros

"Paralisar a queda dos juros me parece que seria uma decisão mais política do que técnica", advertiu o senador Randolfe Rodrigues

Randolfe Rodrigues (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

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247 - O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), disse nesta quarta-feira (19) esperar que os diretores do Banco Central (BC) votem de forma unânime pela redução da taxa básica de juros (Selic), contrariando a previsão do mercado de uma possível manutenção da taxa atual, que está 10,5% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) decide nesta quarta-feira (19) se manterá ou não o atual patamar da taxa de juros. 

“Tanto o Galípolo [Gabriel Galípolo] quanto todo o BC, qualquer um dos membros do Copom [Comitê de Política Monetária, que decide a taxa básica de juros, a Selic], precisam votar conforme os dados reais da economia brasileira, precisam julgar de acordo com a realidade", disse Randolfe, de acordo com a Folha de S. Paulo. Galípolo tem o nome cotado para suceder Roberto Campos Neto na presidência da autoridade monetária, em dezembro, por indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ainda segundo o líder, “a inflação brasileira está dentro da meta, o desemprego está baixo, a economia está se recuperando". "Paralisar a queda dos juros me parece que seria uma decisão mais política do que técnica", ressaltou. 

O senador apresentou um requerimento para que Roberto Campos Neto seja convocado a dar explicações ao parlamento sobre a manutenção da taxa de juros em patamares elevados, o que tem dificultado o crescimento da atividade econômica e se alinhado com a oposição ao governo do presidente Lula.

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Nos últimos 30 dias, Campos Neto participou de eventos que indicam uma proximidade com figuras da oposição. Ele jantou com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na casa do apresentador Luciano Huck, recebeu homenagem de deputados bolsonaristas na Assembleia Legislativa de São Paulo e voltou a jantar com Tarcísio no Palácio dos Bandeirantes. Além disso, Campos Neto sinalizou que aceitaria um eventual convite de Tarcísio para ser ministro da Fazenda caso ele se eleja presidente futuramente.

"O senhor Campos Neto tem que explicar algumas coisas", insistiu Randolfe. "Foi dada autonomia e independência ao BC para que seus diretores sejam independentes da política. Se ele aceita ocupar cargo no governo de um dos principais opositores de Lula, ele tem que se explicar”.  "Só a possibilidade de Campos Neto vir a assumir algum cargo e não desmentir isso não combina com independência", destacou Randolfe.

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