Ministra desmente suposto "rombo nas estatais" e explica diferença entre déficit e prejuízo
Esther Dweck responde reportagens da mídia corporativa sobre contas das empresas estatais, mas reconhece prejuízo em algum nível de 3 empresas
247 - A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, rebateu, nesta segunda-feira (30), as reportagens tendenciosas da mídia corporativa alegando um suposto "rombo nas estatais" brasileiras. Ela explicou que, na contabilidade empresarial, os gastos com investimentos são diluídos ao longo do tempo, diferentemente da contabilidade pública.
Na contabilidade pública, gastos são considerados despesas imediatas. Portanto, um déficit não necessariamente significa um "rombo" nas estatais. “Déficit não é prejuízo. E uma empresa não é avaliada pelo resultado da contabilidade pública. Ela tem de ser avaliada pelo resultado da contabilidade empresarial. Na contabilidade empresarial, quando ela realiza o investimento, esse gasto é diferido no tempo, porque ele tem o tempo de amortização daquele gasto, ele não entra como uma despesa cheia no ano. Quando ela utiliza o preceito em caixa, ela não gera prejuízo”, afirmou a ministra em coletiva de imprensa transmitida no YouTube.
Dweck argumentou que, quando as empresas voltaram a investir usando recursos próprios, isso gerou um déficit na contabilidade pública, o que não quer dizer que elas tiveram prejuízo. “A partir do momento que a gente permitiu, novamente, que essas empresas voltassem a investir, muitas delas estão utilizando recursos em caixa. E isso gera, do ponto de vista contábil, da contabilidade pública, um resultado de déficit. Mas isso não significa que elas tenham tido prejuízo”, argumentou.
Dweck ressaltou que, entre as empresas analisadas, três registram algum nível de prejuízo, incluindo os Correios.
Nos últimos dias, a Folha de São Paulo e outros veículos da imprensa privatista divulgaram que as estatais brasileiras estariam atravessando uma suposta crise financeira. No entanto, os cálculos excluíram a Petrobras e os bancos públicos, que estão bombando. As reportagens foram denunciadas como falaciosas por uma série de lideranças políticas, que acusaram os jornais de promover uma fake news em defesa de interesses escusos.
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