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Privatização da Sabesp precisa ser evitada, diz Roncaglia

Economista aponta como a venda da empresa pelo governador Tarcisio de Freitas é lesiva para o povo de São Paulo

Tarcísio de Freitas e Sabesp (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli | Divuglação/Sabesp)

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247 – Em artigo publicado na Folha, o economista André Roncaglia critica a forma como o governo de Tarcísio de Freitas está conduzindo a privatização da Sabesp. Segundo Roncaglia, a operação foi marcada pela falta de concorrência, pois apenas a empresa Equatorial mostrou interesse, adquirindo 15% das ações por um valor abaixo do mercado, R$ 67 contra R$ 75.

Roncaglia destaca que a Equatorial, que assumirá um papel significativo na administração da Sabesp, tem uma experiência limitada de apenas dois anos no setor de saneamento, adquirida através da privatização no Amapá. Ele questiona a capacidade da empresa de gerir a maior companhia de saneamento do país, apontando para um futuro plano de eficiência que inclui cortes de funcionários e aumento da remuneração executiva, o que poderia elevar as tarifas para os consumidores paulistas em face das altas taxas de juros.

O artigo também menciona que, apesar da alta lucratividade e dos sólidos índices de cobertura de serviços em São Paulo, a privatização segue adiante sem gerar a concorrência necessária. Roncaglia conclama a evitar o retrocesso observado em outras grandes cidades como Paris e Berlim, onde o saneamento foi reestatizado após experiências negativas com a gestão privada. Ele defende que a gestão pública da Sabesp, financiada pelo contribuinte desde 1973, não deve ser descartada precipitadamente.

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