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Privatizada por Bolsonaro, Refinaria da Amazônia paralisa produção

Trabalhadores do empreendimento alegam parada de manutenção intensiva em toda a unidade

Refinaria da Amazônia (Ream), antiga Isaac Sabbá (Reman) (Foto: Divulgação)

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247 - O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Petróleo e Derivados do Estado do Amazonas (Sindipetro-AM) encaminhou à Federação Única dos Petroleiros (FUP) uma denúncia apontando que a Refinaria da Amazônia (Ream), a antiga Refinaria Isaac Sabbá (Reman), no Amazonas, privatizada em dezembro de 2022, no governo Jair Bolsonaro (PL), paralisou sua produção e opera como estrutura de apoio logístico para a distribuição de derivados importados. Vendida por US$ 257,2 milhões, incluindo um terminal aquaviário, o empreendimento tem capacidade de processamento de 46 mil barris/dia e atende sobretudo ao mercado da região Norte.

A Ream, controlada pelo grupo Atem, alega parada de manutenção intensiva em toda a unidade, "processo que exige contratação de empregados para acompanhar e fazer o serviço", afirmou o coordenador-geral do Sindipetro-AM, Marcus Ribeiro. "O que estamos vendo é a demissão de trabalhadores, mais de 40 deles foram desligados nos últimos dias".

A FUP e o Sindipetro-AM sugerem que a Petrobrás intervenha na Ream e constate se o grupo Atem quer se desfazer do ativo ou realizar parceria com a estatal. O Sindipetro-AM argumenta que o cenário gera dúvidas sobre a continuidade do refino na unidade, além de levar a incertezas sobre o fornecimento local e a riscos de desabastecimento.

"O refino é uma atividade de caráter de interesse público; a empresa precisa informar aos órgãos competentes ao interromper a produção. Se a empresa deixar de refinar, diminui empregos, arrecadação de imposto e investimento", destaca Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP.

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