Proposta de corte de gastos enfrenta atraso na Câmara por falta de acordo na CCJ
Presidente da Câmara, Arthur Lira já afirmou compromisso com celeridade na aprovação do pacote, mas há insatisfação com decisão do STF sobre emendas
247 - Deputados governistas pediram nesta quarta-feira (4) a retirada da proposta de corte de gastos da pauta da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara, após o texto ser aprovado como item extrapauta por 39 votos a 6, informou a CNN Brasil, citando dois deputados do PT.
Sem acordo para evitar pedidos de adiamento, o prazo de vista é de duas sessões plenárias, atrasando o cronograma do governo, que pretende votar a medida até 18 de dezembro.
A deputada Caroline De Toni (PL-SC), aliada de Jair Bolsonaro, preside a CCJ, mas a decisão final sobre o tema cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que já afirmou compromisso com a celeridade na aprovação das medidas.
Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira referendar a decisão individual do ministro Flávio Dino que liberou o pagamento das emendas parlamentares.
Mais cedo, Dino decidiu que as emendas estão liberadas para pagamento, mas devem seguir critérios de transparência e rastreabilidade. A decisão ocorreu após a sanção da lei que procurou corrigir os problemas apontados pelo STF.
A liderança do governo no Congresso admite insatisfação entre os parlamentares com a decisão do ministro Dino de liberar com ressalvas as emendas parlamentares.
A urgência do pacote de cortes segue na pauta da Câmara nesta quarta-feira. Colocada como prioridade para o Congresso e o Executivo, a urgência para votação do pacote não foi votada na noite dessa terça-feira (3).
O pacote de corte de gastos limita o aumento real do salário mínimo e cria restrições para acesso ao Bolsa Família e ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). (Com informações da Agência Brasil).
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