Reforma do IR e taxação de ricos devem ocupar 1º semestre de 2025, diz secretário-executivo da Fazenda
Dario Durigan afirmou que as últimas semanas de 2024 devem ser reservadas para as discussões sobre o corte de gastos
247 - O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou nesta segunda-feira (2) que os debates em torno da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$5 mil e da taxação de ricos devem ocorrer no primeiro semestre de 2025.Em declaração no 2º Fórum Político da XP, Durigan afirmou que as últimas semanas de 2024 devem ser reservadas para as discussões sobre o corte de gastos, informa o G1.
"Vamos focar nesse fim de ano em fazer a revisão de gastos. O que a gente ouviu dos dois [chefes do Legislativo] é que a gente discute ano que vem o IR, fazer uma ampla discussão nacional. Vai tomar pelo menos o primeiro semestre do ano que vem, senão mais", disse. O secretário admitiu que a alta do dólar e a futura subida dos juros foi consequência do anúncio em conjunto da reforma do IR e do pacote fiscal.
"É preciso distinguir de maneira clara e transparente. A agenda do IR vem ano que vem. Nesse ano, a gente precisa focar na agenda de despesa para que a gente aprove uma emenda constitucional, e leis infraconstitucionais, para que a gente já tenha em 2025 o impacto que a gente espera no orçamento", completou.
Sobre o pacote de corte de gastos, Durigan afirmou que a iniciativa vai “conseguir tirar a pressão das despesas obrigatórias em 2025 e 2026, caso a gente aprove essas medidas agora". Segundo o secretário, Lula compreendeu a importância das medidas para conter a inflação.
"Foi muito difícil demonstrar para o presidente [Lula] que valeria a pena fazer isso. E o presidente tomou a decisão porque entendeu que vale a pena tirar o pé da valorização do salário mínimo por uma economia mais forte, com menos inflação, com as despesas dentro da banda do arcabouço. Ele compreendeu isso e foi importante esse processo", afirmou.
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