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    "A liberdade de expressão será cada vez mais restrita", diz Lejeune Mirhan

    Analista geopolítico critica o veto às mídias russas imposto por big techs estadunidenses

    (Foto: Reuters | Reprodução )

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    247 – Em entrevista ao programa "Bom Dia 247" nesta terça-feira (17), o analista geopolítico Lejeune Mirhan alertou sobre o que considera ser uma crescente restrição à liberdade de expressão no cenário internacional. "A liberdade de expressão será cada vez mais restrita", afirmou, referindo-se às recentes ações de empresas de tecnologia dos Estados Unidos contra veículos de mídia russos.

    Lejeune criticou duramente a decisão da Meta Corporation de bloquear contas de diversas mídias russas em suas plataformas, incluindo o canal RT e o grupo de mídia Rossiya Segodnya. "As big techs são um grande instrumento do imperialismo e do controle da informação", disse ele, enfatizando o papel dessas empresas na limitação do acesso a diferentes perspectivas.

    O analista defendeu o RT como uma opção válida para quem busca informações mais equilibradas sobre conflitos internacionais. "Obviamente, eles trazem uma visão pró-Rússia, mas a verdade histórica não está mais com o Ocidente", argumentou. Para Lejeune, o bloqueio dessas mídias faz parte de uma estratégia mais ampla de controle narrativo por parte dos países ocidentais.

    A decisão da Meta ocorre em um contexto de crescente pressão sobre veículos de mídia russos no Ocidente. De acordo com informações divulgadas pela rede NBC, a empresa baniu globalmente o Rossiya Segodnya, RT e outras entidades relacionadas de suas plataformas por "envolvimento em atividades de interferência estrangeira". Desde o início do conflito na Ucrânia em 2022, cerca de 150 restrições diferentes foram impostas contra mídias e jornalistas russos, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

    Lejeune também comentou sobre o conflito na Ucrânia, expressando otimismo cauteloso em relação a uma possível resolução próxima. "Mas a guerra da Ucrânia tem data para terminar. Ela acaba em 5 de novembro, após a eleição nos Estados Unidos, quando as partes terão que conversar", previu ele, sugerindo que mudanças políticas nos EUA poderiam influenciar o desenrolar do conflito.

    Ao final da entrevista, Lejeune reforçou a importância de manter abertas as vias de informação e diálogo. "Sem acesso a múltiplas fontes de informação, ficamos reféns de uma única narrativa, o que empobrece o debate público e a compreensão dos fatos", concluiu. Assista:

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