Mulheres evangélicas contestam o fundamentalismo religioso: "somos muitas denominações"
Carol Black e Andressa Oliveira discutem em entrevista a atuação das mulheres evangélicas progressistas contra o PL do Estupro. Assista na TV 247
247 - A coordenadora da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, Carol Black, junto com Andressa Oliveira, coordenadora do Movimento Negro Evangélico do RJ, discutiram em entrevista à TV 247 a resistência das mulheres evangélicas progressistas ao fundamentalismo religioso, que deu origem ao PL do Estupro na Câmara dos Deputados.
Elas foram questionadas sobre como harmonizar a luta contra o PL 1904 com o cristianismo que elas professam, cuja doutrina e dogmas são conservadores. Carol Black respondeu: "Temos que lembrar que a leitura, tanto da Bíblia ou de qualquer livro sagrado, ela parte do ponto de vista de quem está lendo para o olhar também de quem escreveu, e o contexto em que aquela pessoa está escrevendo. Então sim, na estrutura que a gente tem, esses dogmas são construídos socialmente pelo homem, e é muito fácil você fortalecer estruturas que ameaçam a vida, ameaçam a diversidade, que ameaçam a democracia. Então, se é uma construção, pode ser desconstruído, se analisarmos pelo ponto de vista de quem escreveu".
Quando questionada sobre a possibilidade de diálogo com a ala mais fundamentalista dos evangélicos, Andressa Oliveira afirmou: "Sempre há algum espaço para diálogo quando alguém quer dialogar. Quando a pessoa não quer dialogar, a gente se preserva, porque existe uma necessidade de preservação da sua saúde mental, do seu tempo. Porque alguns são muito mais inflamados e isso pode te trazer questões de ataques pessoais e ideológicos. Mas sempre há algum espaço e eu acho que um dos campos que a gente tem para dialogar é justamente mostrar que somos muitas denominações, somos muitas formas de interpretar o evangelho, e esse fundamentalismo não representa a todos os evangélicos". Assista na TV 247:
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