247 - A clínica Mult Imagem, situada em Santos, no litoral de São Paulo, está sendo processada desde 2021 após a morte de Patrick do Nascimento Silva, de 44 anos, durante uma ressonância magnética. Segundo reportagem do <a href="https://www.metropoles.com/sao-paulo/quantas-pessoas-terao-que-morrer-diz-viuva-de-morto-em-ressonancia">Metrópoles, </a>a viúva, Maria Aparecida Dias de Araújo (Cida), de 50 anos, denuncia a falta de preparo e de assistência no atendimento, que teria resultado no trágico desfecho.
Aparecida relatou que Patrick, portador de diabetes e com fobia de máquinas, sempre realizava exames de ressonância sob sedação. No dia 14 de maio de 2021, o casal saiu de Guarujá em direção à clínica, onde o procedimento estava agendado para as 16h. Embora Patrick tivesse feito todos os preparativos, incluindo jejum e controle glicêmico, o exame demorou a ser iniciado. "Eu comecei a estranhar a demora e fui questionar as enfermeiras, que a asseguraram que meu marido estava realizando o exame", contou Cida. No entanto, a preocupação aumentou quando, após uma longa espera, ela foi chamada à sala de exame e encontrou o marido com sinais de sufocamento. “Quando eu cheguei na sala, meu esposo estava com a boca e os dedos roxos”, relatou.
Aparecida descreve a angústia de presenciar os funcionários tentando reanimar Patrick por cerca de 40 minutos antes de lhe darem a notícia de sua morte. “Eles ficaram 40 minutos lá dentro, tentando reanimar meu marido. Quando eles me chamaram de novo, foi pra dizer que meu marido tinha morrido”, lamentou. Em meio ao choque, ela ainda teve que enfrentar uma situação desconcertante, já que o médico da clínica teria pedido que a equipe do SAMU assinasse o laudo da morte, procedimento que a levou a registrar um boletim de ocorrência.
Para Aparecida, a postura da clínica após a morte de Patrick é tão dolorosa quanto a própria perda. "Estou processando porque eles alegam que foi uma fatalidade, mas não é uma fatalidade. Eles não têm preparo nenhum para fazer esse tipo de exame, não tem um desfibrilador", denunciou. Segundo ela, a clínica nunca se preocupou em entrar em contato para oferecer apoio ou esclarecer o ocorrido. "Fui tratada igual a um cachorro", desabafou, explicando que, desde o incidente, sua vida foi devastada pela perda do marido, que era o principal provedor da casa.
Ainda sem resposta clara sobre o que ocorreu durante o exame, Aparecida conta que o laudo da autópsia apontou apenas a presença dos medicamentos de anestesia e do remédio para diabetes, sem detalhes sobre possíveis falhas no procedimento. "Eles destruíram a minha família”, afirmou. Desde então, Cida vive sob medicação psiquiátrica para lidar com a perda. “Eu saí da minha casa cheia de planos, com meu marido dirigindo, e voltei com ele no caixão”.
O processo judicial movido pela viúva contra a clínica busca responsabilizar o local por negligência. "Quantas pessoas mais vão ter que morrer para alguém tomar uma providência contra essa clínica?", questiona Cida, na esperança de que o caso de seu marido traga maior rigor na fiscalização de clínicas e na segurança dos exames.

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"Quantas pessoas terão que morrer?", desabafa viúva de homem morto durante ressonância magnética

247 - O cirurgião plástico e apresentador Dr. Robert Rey anunciou que deixará a televisão brasileira, motivado por uma polêmica recente com Patrícia Abravanel durante o Programa Silvio Santos, exibido pelo SBT no último domingo (27). Em vídeo divulgado nas redes sociais nesta terça-feira (29), Dr. Rey pediu desculpas pelo ocorrido e revelou estar passando por uma fase pessoal difícil. A informação foi publicada pela coluna Fábia Oliveira, do porta<a href="https://www.metropoles.com/colunas/fabia-oliveira/dr-rey-anuncia-afastamento-da-tv-apos-polemica-com-patricia-abravanel">l Metrópoles.</a>
Durante o quadro “Jogo das 3 Pistas”, do Programa Silvio Santos, Dr. Rey causou desconforto ao se aproximar demais de Patrícia Abravanel em várias ocasiões. A situação levou o humorista Tiago Barnabé, caracterizado como a personagem Narcisa, a intervir. Em um momento, Barnabé comentou: “Ele fala muito, né?”, e, em outro, chegou a afastar Dr. Rey de Abravanel ao perceber a irritação da apresentadora. A situação chegou a um ponto em que Narcisa gritou: “Pelo amor de Deus!”, quando Dr. Rey se aproximou excessivamente da boca de Patrícia.
Dr. Rey explicou que a abordagem durante o programa fazia parte de sua “personagem” na televisão, mas admitiu que as brincadeiras poderiam ter soado inadequadas no atual contexto. “Sou uma pessoa mais triste, mas quando a gente faz programas assim, a gente tem que dar ibope, né. Criei aquela personagem boba que eu sempre tive na televisão brasileira, mas que hoje está fora de estilo. Venho de outra geração”, justificou o cirurgião, sugerindo que o afastamento é também uma escolha pessoal.

Dr. Rey anuncia afastamento da TV após suposto assédio ao vivo contra Patrícia Abravanel

Agência Brasil - O concurso 2.791 da Mega-Sena, realizado nesta terça-feira (29), não teve nenhum acertador das seis dezenas.
Com isso, o prêmio da faixa principal acumulou e está estimado em R$ 105 milhões para o próximo sorteio, que será na sexta-feira (1º).
As dezenas sorteadas foram: 02 - 03 - 11 - 25 - 37 - 43
A quina teve 127 apostas ganhadoras e cada uma vai receber R$ 40.720,36. Já a quadra registrou 9.900 ganhadores, com prêmio de &nbsp;R$ 746,24 para cada.&nbsp;

Mega-sena acumula novamente e prêmio vai para R$ 105 milhões

Por Andreia Verdélio, repórter da Agência Brasil - Mais de 300 mil pessoas precisam se inscrever ou regularizar a situação junto ao <a href="https://www.gov.br/mds/pt-br/acoes-e-programas/cadastro-unico">Cadastro Único para Programas Sociais</a> (CadÚnico) para continuar recebendo o Benefício de Prestação Continuada (BPC). O prazo é de 45 a 90 dias, a depender do município de residência, contados a partir da data de notificação oficial ao beneficiário do BPC, que pode acontecer pela rede bancária ou por meio de outros canais.
“Fique atento aos seus extratos e às comunicações oficiais do governo”, alertou o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). Neste ciclo de regularização, os beneficiários começaram a ser notificados em agosto.
Desde 2016, para o recebimento do BPC, os beneficiários precisam estar inscritos no Cadastro Único e fazer atualização cadastral a cada dois anos. Segundo o MDS, mais de 200 mil pessoas que estavam com o cadastro pendente já regularizaram a situação.
Atualmente, o programa atende mais de 6,02 milhões de cidadãos de baixa renda (com renda familiar per capita igual ou inferior a um quarto do salário mínimo), entre idosos com mais de 65 anos e pessoas com deficiência. Os beneficiários recebem o pagamento de um salário mínimo.
O MDS orienta quem teve o BPC bloqueado por falta de inscrição no Cadastro Único a ligar para o telefone 135, o canal oficial do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O procedimento permitirá o desbloqueio do BPC em até 72 horas.
Na ligação, o beneficiário deve informar que está regularizando a situação no Cadastro Único. A partir disso, ele terá um prazo para realizar a inscrição ou a atualização cadastral. A central 135 atende ligações gratuitas de celular e telefone fixo.
Prazos - O prazo para inscrição ou regularização é especificado conforme o tamanho do município onde a pessoa reside. Para pessoas que vivem em municípios com até 50 mil habitantes, o prazo de regularização é de 45 dias corridos. Já os beneficiários residentes em municípios com mais de 50 mil habitantes terão prazo maior, com 90 dias corridos.
Em setembro, o governo publicou uma portaria interministerial estabelecendo novos prazos e procedimentos referentes à inscrição e atualização cadastral dos beneficiários do BPC. Os prazos foram recalculados de acordo com a Lei nº 14.973/2024, que trata de diversos temas fiscais.
Os beneficiários do BPC que vivem em locais com situação de calamidade pública reconhecida pelo governo federal, como municípios do Rio Grande do Sul, estão isentos da exigência da atualização neste momento.
Já para os beneficiários que não estavam inscritos no Cadastro Único, mas foram registrados no Registro Mensal de Atendimentos (RMA) e não realizaram a inscrição conforme exigido têm 30 dias para regularização.
O Cadastro Único é um registro que permite identificar as famílias de baixa renda existentes no Brasil. Ele foi criado pelo governo federal, mas é operacionalizado e atualizado pelas prefeituras, por meio do Sistema Único da Assistência Social (Suas). Para ser contemplado pelos programas sociais, é necessário estar no cadastro e, a cada dois anos, atualizar as informações registradas.

BPC: Mais de 300 mil beneficiários precisam regularizar Cadastro Único

247 - Uma tragédia abalou o Setor Jaó, na capital goiana, neste sábado (26). Os corpos de Arão Ferreira Lima Júnior, empreendedor de 48 anos, e de sua filha, Júlia Spindola Mariano de Paula Lima, de 13 anos, foram encontrados sem vida na residência em que moravam. Segundo informações do <a href="https://www.metropoles.com/brasil/saiba-quem-eram-pai-e-filha-encontrados-mortos-em-goiania">Metrópoles</a>, a descoberta foi feita por um irmão de Arão, que ao chegar ao local encontrou a adolescente desacordada no chão.
Arão e Júlia eram conhecidos por sua relação próxima, frequentemente exibida nas redes sociais. Em junho deste ano, Arão fez uma publicação em homenagem ao aniversário da filha: “Hoje você faz 13 anos, uma filha dedicada e estudiosa que só nos dá alegria. Papai e mamãe te amam muito, feliz aniversário”, escreveu ele. A postagem, que antes celebrava o afeto entre pai e filha, agora contrasta tragicamente com a fatalidade que se seguiu.
O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar de Goiás estiveram no local assim que foram acionados, mas não puderam fazer nada, pois as vítimas já estavam sem sinais vitais. A Polícia Científica de Goiás realizou uma perícia detalhada na cena e informou que ainda não é possível confirmar a dinâmica exata do ocorrido. O delegado Marcus Cardoso, responsável pela investigação, afirmou que as apurações estão em fase inicial e que a principal linha de investigação é de homicídio seguido de suicídio. “As investigações ainda estão no início e sem novas informações. Somente nessa semana, após analisar os telefones apreendidos e oitivas das testemunhas, teremos mais informações. Mas, estamos em princípio considerando isso [homicídio seguido de suicídio]”, disse o delegado ao Metrópoles.
A mãe de Júlia, que é agente da Polícia Federal, também esteve presente na cena e, de acordo com testemunhas, ficou em estado de choque ao ver a filha sem vida. O caso gerou comoção nas redes sociais e na comunidade local, enquanto a polícia busca por respostas para entender o que levou à morte trágica de pai e filha.

Pai e filha encontrados mortos: polícia já trabalha com hipótese que indicaria motivação

Por Luciano Nascimento, repórter da Agência Brasil - Termina nesta segunda-feira (28) o prazo para as inscrições no concurso dos Correios. A seleção é para o preenchimento de 3.511 vagas, das quais 3.099 vagas de nível médio e 412 vagas de nível superior.
As <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-10/inscricoes-para-concurso-dos-correios-comecam-nesta-quinta">inscrições</a>, que começaram no dia 10 devem ser feitas pela internet, no <a href="https://www.ibfc.org.br/menus/home.html" target="_blank">site</a> do Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), instituição responsável pelo concurso.
Mais de 1,2 milhão de candidatos já se cadastraram, segundo os Correios. As taxas estão em R$ 39,80 para nível médio e R$ 42 para nível superior. Doadores de medula óssea em entidades cadastradas no Ministério da Saúde e os inscritos no CadÚnico têm direto à isenção da taxa de inscrição.
Os salários partem de 2.429,26 para os cargos de nível médio e de R$ 6.872,48 para os cargos de analista, de nível superior.
A realização das provas está prevista para 15 de dezembro. Para os cargos de agente de Correios, de nível médio, as provas serão objetivas de caráter eliminatório e classificatório, com 50 questões. Já para os de Analista de Correios, serão objetivas de caráter eliminatório e classificatório, mais prova discursiva com redação de até 30 linhas.
No caso das vagas destinadas aos candidatos com formação em nível superior estão oportunidades para advogados, analistas de sistemas, arquitetos, arquivistas, assistentes sociais e engenheiros. Para engenheiros e arquitetos, os salários serão ajustados para atender ao piso legal das categorias, atualmente em R$ 10.302,00.
Pelo edital, 30% das vagas são para pessoas negras (pretas e pardas) e indígenas. Outros 10% estão reservadas para pessoas com deficiência.
Entre os benefícios, estão vale alimentação e refeição, vale-transporte, auxílio creche ou babá e a opção de contar com plano de saúde e previdência complementar.
Segundo a direção da empresa, a realização do concurso visa enfrentar a demanda acumulada por mais de uma década sem contratações em nível nacional. Além de suprir a demanda por mais profissionais, a contratação de novos funcionários vai evitar a sobrecarga de trabalho.
O concurso, de abrangência nacional, poderá ser feito em até 306 localidades espalhados em todos os estados e o Distrito Federal. O prazo de validade do concurso é de um ano a partir da homologação dos resultados finais, com a possibilidade de prorrogação de mais 12 meses.

Termina hoje prazo para inscrição no concurso dos Correios

<a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-10/morte-de-antonio-cicero-reacende-debate-sobre-eutanasia">Agência Brasil &nbsp;-</a> “Queridos amigos, encontro-me na Suíça, prestes a praticar eutanásia. O que ocorre é que minha vida se tornou insuportável. Estou sofrendo de Alzheimer…”. As palavras do poeta Antônio Cícero, de 79 anos, na carta que deixou, comoveram o Brasil. "Espero ter vivido com dignidade e espero morrer com dignidade". <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-10/poeta-e-letrista-antonio-cicero-morre-na-suica-aos-79-anos" target="_blank">Ele morreu</a> na Suíça, na última quarta-feira (23), onde o suicídio assistido é permitido.
A história do imortal da Academia Brasileira de Letras, autor de versos como “melhor se guarda o voo de um pássaro do que pássaros sem voos”, além de emocionar, também reabriu o debate sobre assuntos polêmicos como eutanásia, suicídio assistido e dignidade da morte.
Um imortal decidiu morrer, mas pode despertar o debate sobre suicídio assistido no Brasil. Outros brasileiros vivem o mesmo drama, mas, sem dinheiro para buscar uma solução em outros países, enfrentam barreiras legais no Brasil.
<h2>“Dores insuportáveis”</h2>
A estudante de veterinária Carolina Arruda, de 27 anos, da cidade de Bambuí (MG), sofre desde os 16 anos com neuralgia do trigêmeo, uma doença que afeta os nervos do rosto e provoca dor intensa, descrita por profissionais de saúde como tão forte que é impossível de ser ignorada. Mesmo em um cenário dolorido e complexo, ela fez campanha para conseguir recursos para realizar o suicídio assistido na Suíça. Convivendo com essas "dores insuportáveis”, Carolina estima que precisaria mais de R$ 200 mil para viabilizar o procedimento.
“Meu sonho é ainda ver minha filha se formar. Ela tem 10 anos ainda”. Por isso, não sabe se será possível. “A minha rotina de vida hoje é praticamente o dia inteiro na cama porque, se eu faço qualquer esforço físico, eu já desmaio de dor”.
Ela explica que foi muito difícil pensar em um procedimento que colocasse fim à vida. “Eu ainda não tinha coragem de expressar. Minha família não aceita, mas entende”. Foram os amigos e a família que viram os dias se transformarem em experiências de dores lancinantes para Carolina. Ela sabe que a documentação exigida levará bastante tempo para ser aceita na Suíça. “Mais de quatro anos. Sei que no Brasil esse assunto nem é discutido e nem tão cedo será tratado. Há uma venda nos olhos para isso”.
<h6>Com doença grave e dores intensas, a estudante Carolina Arruda tenta reunir dinheiro suficiente para realizar suicídio assistido na Suíça, país onde o poeta Antônio Cícero decidiu interromper sua vida na última semana. Foto: Arquivo Pessoal Carolina Arruda</h6>
<h2>Apenas para ricos</h2>
Ouvidos pela Agência Brasil, pesquisadores referências em bioética no país consideram o assunto complexo. Mas também apontam que tabus morais e religiosos impedem um debate mais amplo sobre legislação e até sobre os cuidados em um momento indissociável da experiência humana, a preparação para a morte.
Autoridade internacional nas pesquisas em bioética, o professor emérito Volnei Garrafa, da Universidade de Brasília (UnB), avalia que longas internações sem o suporte do Estado mostram que a dignidade da morte para situações insuportáveis fica restrita a quem tem privilégio financeiro. “O país é conservador e não avança nesses temas morais, o que é lamentável, porque isso aí realmente traz prejuízo para a cidadania, principalmente das pessoas mais pobres”.
Ele entende que todos os temas que envolvem questões morais no Brasil, incluindo dogmas religiosos, geram resistência no Legislativo brasileiro para uma eventual formulação que abarque o tema da eutanásia ou suicídio assistido.
A diferença básica entre eutanásia e suicídio assistido é que, na eutanásia, o médico realiza o ato que vai levar à morte. E no suicídio assistido é o paciente que faz o ato final.
Coordenadora do Laboratório de Estudos sobre a Morte do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, a professora Maria Júlia Kovács considera que a história de Antônio Cícero é comovente também por causa da sinceridade. “De contar a sua história, e de tomar a decisão por uma morte digna. Houve uma comoção bastante importante (para redução dos tabus a respeito do tema)”.
No Brasil, essas práticas são proibidas e podem levar profissionais da saúde à condenação penal. &nbsp;“O panorama legislativo, no campo de regulamentação das ciências relacionadas com a vida humana, no amplo sentido, é um verdadeiro deserto”, critica Garrafa. Ele entende que o tema da “terminalidade da vida” tem sido constantemente afastado do debate brasileiro. “Tem sido um tabu no para a sociedade brasileira, para a cidadania, tudo o que se refere ao final da vida”.
Pesquisadora em direito e docente da pós-graduação em bioética da UnB, Aline Albuquerque esclarece que tanto a eutanásia e suicídio assistidos ainda são crimes do ponto de vista do Código Penal. “Nós não temos nenhuma modificação legislativa nesse sentido do Brasil. É um tema complexo não só no Brasil. Atualmente há um projeto de novo Código Penal, que está no Senado, em relação à eutanásia com a possibilidade do juiz não aplicar a pena”.
<h2>Outros países</h2>
Estudiosos avaliam, no entanto, que o crescimento do número de idosos (pessoas acima de 65 anos representam 10,9% da população) e a evolução das tecnologias que mantêm pessoas vivas em situações irreversíveis devem tornar as discussões sobre o tema mais recorrentes.
Garrafa afirma que as ações de cuidados paliativos para pessoas com doenças avançadas, com respeito à dignidade do paciente, têm sido positivas. O professor cita que nos estudos de mestrado e doutorado em bioética na Universidade de Brasília, a terminalidade da vida tem sido um tema de fundamental interesse e que trabalha com classificações.
“A distanásia, por exemplo, é o prolongamento artificial da vida sem necessidade. É uma vida que vai ter muita dor. O suicídio assistido é uma forma que vem sendo discutida e implantada em países europeus, como Holanda, Bélgica e Suíça”. Ele diz que nesses países os casos são cuidadosamente analisados.
A professora Maria Júlia Kovács acrescenta que países da América do Norte e também do Sul têm outras resoluções sobre o assunto. “Os europeus estão mais avançados e a América do Norte também. Seja nos Estados Unidos, com suicídio assistido, seja no Canadá, com morte assistida. Aqui na América Latina, a Colômbia, Uruguai e Chile estão discutindo a questão”.
Ela identifica que uma eventual legislação poderia abordar a morte assistida, como no caso do Antônio Cícero. “Eu acho que o primeiro passo que o Brasil deveria dar seria discutir o tema”.
Para ela, os cuidados paliativos favorecem uma morte digna. “Outra possibilidade de morte digna no nosso país são as diretivas antecipadas de vontade em que a pessoa expressa aqueles tratamentos que ela gostaria que tivesse no final da vida e principalmente os que ela não gostaria”. Ela explica que essas diretivas são chanceladas como resolução pelo Conselho Federal de Medicina.
<h2>Além das questões morais</h2>
Os pesquisadores entendem que se trata de tema que precisa ser abordado desde a escola de alguma forma, incluindo mais atenção por parte da imprensa. Aline Albuquerque explica que a universidade tem levado o tema para o campo da educação e pondera que se trata de assunto complexo e que requer olhar amplo. Segundo ela, a inclusão do Sistema Único de Saúde (SUS) no debate é importante.
“As pessoas podem falar em descriminalizar (a prática da eutanásia), mas deve-se observar que seria necessário, por exemplo, estruturar o sistema de saúde pública para isso”. Para ela, há também um imaginário infundado que uma eventual aprovação da eutanásia possibilitaria que o procedimento fosse realizado em casa. “Isso não existe. Elas têm que ser assistidas por profissionais de saúde”.
Volnei Garrafa, que foi o delegado brasileiro em 2005 para a <a href="https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/declaracao_univ_bioetica_dir_hum.pdf" target="_blank">Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos</a>, elaborada pela Unesco e aprovada por 191 países, diz que o documento enfatiza o respeito à dignidade humana e aos direitos humanos. “É difícil, porque muitas vezes as decisões a serem tomadas são duras, como é o caso de interromper uma vida”. Ele lamenta que o Brasil até hoje não tem um Conselho Nacional de Bioética que poderia colaborar para o assessoramento e formulações de um regramento sobre o tema.
<h2>Sociedade plural</h2>
O tabu da morte está ligado ainda ao fato que os últimos momentos da vida passaram, em geral, a ser uma experiência em hospitais. Antes, as pessoas morriam mais em casa e as crianças viam as despedidas.
A professora de direito avalia que o tema da morte não está enfatizado nem na formação dos profissionais de saúde. “Em razão disso, muitos procedimentos que são infrutíferos ocorrem porque os profissionais não sabem lidar com a morte e com a perda dos pacientes”, explica.
Aline Albuquerque contextualiza que o Brasil vive hoje uma sociedade plural, também do ponto de vista moral. Uma sociedade que tornou a morte um tabu, independente de religião, e que traz uma formação de pensamento na sacralidade da vida porque seria concebida por Deus. Por outro lado, há outro senso de que a vida é de autonomia do indivíduo. “É muito difícil o Estado tomar uma posição diante de um desacordo moral tão complexo”.

Morte de Antônio Cícero reacende debate sobre eutanásia

247 - Francisco de Assis Pereira, conhecido como Maníaco do Parque, deverá ser solto em 2028, após cumprir o limite de 30 anos de pena, dos 285 anos aos quais foi condenado. A informação gerou alerta do promotor Edilson Mougenot Bonfim, que atuou na acusação no Tribunal do Júri. Para Bonfim, a libertação do criminoso representa um perigo iminente para as mulheres. “Francisco é psicopata. Não existe, na medicina mundial, remédio, tratamento ou cirurgia que possa curá-lo”, afirmou o promotor ao <a href="https://www.metropoles.com/entretenimento/maniaco-do-parque-sera-solto-em-breve-e-promotor-alerta-para-perigo">Metrópoles.&nbsp;</a>
Francisco de Assis Pereira foi condenado em 2002 a 121 anos de prisão por crimes cometidos na década de 1990. Ele foi responsável pelo estupro e assassinato de cinco mulheres, após atraí-las para trilhas no Parque do Estado, na zona sul de São Paulo, usando a falsa promessa de trabalho como modelo. Seu caso ficou conhecido nacionalmente, e Pereira foi identificado como um dos mais perigosos serial killers do país.
Para o promotor Edilson Mougenot Bonfim, a liberdade de Pereira representa um grande risco. “Na penitenciária, ele está confinado com homens, o que impede que cometa feminicídios nesse ambiente. No entanto, ao sair, ele inevitavelmente terá contato com mulheres, e isso pode reativar sua personalidade homicida”, alertou Bonfim. Ele foi enfático ao afirmar que “a liberdade dele representa um enorme perigo. Ele será uma ameaça em qualquer circunstância”.
O esgotamento da pena de Francisco, que se aproxima do limite de 30 anos imposto pela legislação brasileira, poderá permitir que ele seja solto sem a necessidade de passar por exames criminológicos. Segundo Bonfim, essa situação deveria reacender o debate sobre a adoção da prisão perpétua no país. “Somente um psiquiatra completamente irresponsável assinaria um laudo declarando que ele está apto para a liberdade”, destacou o promotor.
O caso do Maníaco do Parque chocou o Brasil pela crueldade dos crimes e pela manipulação psicológica que Pereira exercia sobre suas vítimas. Desde sua prisão, ele foi transferido para diferentes unidades prisionais, sempre sob um rígido controle de segurança.

Maníaco do Parque deverá será solto em 2028 e promotor alerta para perigo

247 - A Polícia Civil da Bahia está investigando o assassinato do ex-ator mirim João Rebello, ocorrido na última quinta-feira (24) em Trancoso, Porto Seguro. De acordo com as autoridades, a principal linha de investigação aponta para um possível acerto de contas. A notícia foi divulgada inicialmente pela coluna Fábia Oliveira, no <a href="https://www.metropoles.com/colunas/fabia-oliveira/morte-de-ex-ator-mirim-policia-investiga-a-hipotese-acordo-de-contas">Metrópoles.&nbsp;</a>
João Rebello, de 45 anos, estava dentro de seu carro quando foi alvejado por 12 tiros. Segundo testemunhas, ele aguardava uma amiga quando foi abordado por dois homens em uma motocicleta, que dispararam à queima-roupa. A polícia acredita que o ataque foi ordenado por traficantes de drogas, mas a motivação exata do crime ainda está sendo investigada. A 1ª Delegacia Territorial é responsável pelo caso e segue analisando evidências para identificar os envolvidos.
<h3>Declaração de luto e desabafo da mãe</h3>
Já &nbsp;a mãe de João, Maria Rebello, manifestou-se nas redes sociais após o trágico episódio, expressando sua dor e descrevendo a situação como um terrível engano. “Terra violenta! Mataram por engano, confundiram o carro! Ele estava vivendo em uma cidade onde parecia ter uma vida tranquila com sua mulher, Karine. Tocando, fazendo festa com sua doçura. Meu luto será eterno!”, escreveu Maria.
<h3>Carreira e legado</h3>
João Rebello iniciou sua carreira artística aos sete anos de idade, com destaque na novela "Cambalacho", de Manoel Carlos. O ator também participou de produções memoráveis como "Bebê a Bordo" (1986), "Vamp" (1991), "Deus nos Acuda" (1992) e "Vira Lata" (1996). Ele era sobrinho de Jorge Fernando, diretor renomado da TV Globo, falecido em 2019. Amigos e familiares lembram João como uma pessoa doce e honesta, com uma vida longe de qualquer envolvimento com o crime.
<h3>Velório e despedida</h3>
O velório do ex-ator mirim ocorrerá no próximo domingo (27/10), no Cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro, a partir das 10h. O sepultamento está marcado para as 13h. A família pediu que os presentes se vistam de branco e solicitou que aqueles que não puderem comparecer enviem boas vibrações. “Aos amigos que não puderem comparecer, sintonizem em vibração”, ressaltou a família em comunicado.

Ex-ator mirim assassinado: polícia já trabalha com possível motivação do crime; família também indica hipótese

247 - O ex-ator mirim da TV Globo, João Rebello Fernandes, de 45 anos, foi brutalmente assassinado na noite de quinta-feira, 24 de outubro, em Trancoso, na Bahia. Segundo informações do porta<a href="https://www.metropoles.com/entretenimento/televisao/carro-de-ex-ator-mirim-da-globo-foi-metralhado-com-12-tiros">l Metrópoles</a>, o artista, que atualmente atuava como DJ, teve seu carro metralhado com 12 tiros. O crime chocou a comunidade local e está sendo investigado pela delegacia da região, que ainda não possui informações sobre a motivação e a autoria do ataque.
De acordo com relatos de testemunhas, dois homens em uma motocicleta se aproximaram do veículo de João e abriram fogo. O ato de violência, que tirou a vida de um artista conhecido e respeitado, levantou questões sobre a segurança na região e a crescente onda de violência no Brasil.
João Rebello ficou conhecido por suas atuações em diversas novelas da TV Globo durante sua carreira, que se estendeu por 11 anos. Entre as produções em que participou estão "Cambalacho" (1986), "Bebê a Bordo" (1989), "Deus nos Acuda" (1992), "Vamp" (1991) e "Zazá" (1997). Além de seu talento artístico, João era sobrinho do renomado diretor Jorge Fernando, filho da atriz e diretora Maria Rabello e irmão da atriz Maria Carol Rabello, mantendo uma forte conexão com o mundo das artes.

Carro de ex-ator mirim da Globo foi metralhado

247 - Quatro meses após o Supremo Tribunal Federal (STF) descriminalizar o porte de até 40 gramas de maconha para uso pessoal, condenados por tráfico têm enfrentado obstáculos para alterar suas sentenças. A decisão da Corte, embora presuma que quantidades inferiores ao limite sejam para consumo próprio, permite que policiais indiquem elementos adicionais que possam configurar tráfico. Análise de casos realizada pelo <a href="https://g1.globo.com/politica/noticia/2024/10/25/mesmo-apos-descriminalizacao-condenados-por-trafico-com-menos-de-40g-de-maconha-nao-revertem-a-pena.ghtml">g1</a> revelou que muitos tribunais mantêm as condenações, interpretando fatores como posse de balança, embalagem e local de apreensão como indícios de comercialização, conforme relatos e depoimentos de policiais no momento do flagrante.
A pesquisa abrangeu 176 acórdãos de tribunais estaduais e do Distrito Federal, nos quais foram citadas a decisão do STF e as justificativas para manter as condenações. Em alguns casos, a defesa argumentou que os réus portavam apenas maconha e tentaram reverter o enquadramento para uso pessoal, mas os desembargadores consideraram aspectos como denúncia anônima, nervosismo durante a abordagem e proximidade a pontos de venda de drogas. No entanto, também houve decisões favoráveis, como no caso de Carla, em Belém (PA), absolvida por falta de provas de que estivesse envolvida com o tráfico. Casos similares de reversão ocorreram em outros estados, embora em menor escala.
Entre os casos analisados, condenações por porte de maconha em pequenas quantidades foram revertidas com mais frequência quando não envolviam material associado ao tráfico. Em São Paulo, Rafael teve a sentença anulada ao ser flagrado com 8,36 gramas de maconha, com os desembargadores considerando a decisão do STF como base para absolvição. Por outro lado, a interpretação dos tribunais ainda é rigorosa em casos que incluem outras substâncias, como o de Anderson, em Santa Catarina, que foi condenado como usuário por porte de crack, mesmo sendo absolvido pelo porte de maconha. Especialistas apontam que o impacto pleno da decisão do STF ainda está em avaliação nos tribunais e dependerá da interpretação de elementos contextuais.

Revisão de penas por porte de maconha avança lentamente mesmo após descriminalização pelo STF

247 - Nesta terça-feira (23), a assessoria de Maiara respondeu às críticas que a cantora tem recebido em relação ao seu peso. Durante um show em Teresina, no Piauí, Maiara fez um desabafo sobre os julgamentos estéticos que enfrenta e afirmou estar vivendo sua “melhor fase”, além de mencionar que está pesando 45 kg. A repercussão das declarações na internet foi imediata, com muitas pessoas questionando o estado de saúde da artista. As informações são da coluna de Fábia Oliveira, no <a href="https://www.metropoles.com/colunas/fabia-oliveira/assessoria-rebate-criticas-sobre-o-peso-de-maiara-nao-adianta">Metrópoles. </a>
A equipe da cantora reforçou o bem-estar de Maiara, que desabafou sobre o impacto dos comentários negativos durante o show. “Parece que não adianta ela dizer que está bem de saúde”, afirmou a assessoria, destacando a frustração com as críticas recorrentes. Mesmo após o discurso de Maiara, internautas continuam a sugerir que a cantora estaria enfrentando problemas de saúde, com muitos afirmando que ela está “desnutrida” e “se enganando”.
No desabafo, Maiara deixou clara sua indignação: “Quando eu tava mais gordinha não prestava também, agora emagreci, tô com 45 quilos, graças a Deus bem alinhados… E agora o povo fica me arrumando um monte de doença que não existe, que eu nem sei o nome”, disse a cantora, evidenciando como as cobranças sobre seu corpo são constantes, independentemente de seu estado físico.
Reações negativas na internet
Logo após a apresentação, várias reações surgiram nas redes sociais, muitas delas com tons críticos e preocupados. “Esta mulher precisa de ajuda”, sugeriu uma internauta. “Ela está estranha”, comentou outra pessoa. Houve ainda quem questionasse a autopercepção da cantora: “Até quando vão ficar se enganando que tá tudo bem só porque ela tá falando que tá tudo bem”.
Outra seguidora foi mais incisiva em sua crítica, associando a aparência de Maiara a um transtorno: “Não, não e não! Não normalizem isso. Ela está desnutrida, nutricionalmente falando. Não é ‘se ela está falando tá tudo bem’. Isso se chama DISMORFIA”. Questionamentos sobre o acompanhamento psicológico também surgiram: “Mas terapia será que tá fazendo?”, perguntou uma fã.
Maiara rebate as críticas
Durante o show, Maiara mostrou confiança e não hesitou em rebater os comentários maldosos. Ela afirmou que se sente bem e que, ao contrário das especulações, está vivendo um momento positivo na vida pessoal e profissional. “Livra-me de todo mal, amém, gente. Eu tô na minha melhor fase. Nunca ganhei tanto dinheiro na minha vida. Nunca tive tão bonita na minha vida e tô solteira”, enfatizou.
Além de falar sobre sua aparência e saúde, a cantora também mencionou, de forma leve e bem-humorada, sua vida amorosa, referindo-se às experiências passadas. “Com 36 anos eu passei por tanto homem, eu tenho coleção de aliança (…) Todos os homens que passaram nas nossas vidas tão casados e bem casados, são pessoas do bem, estão felizes”, comentou, desdramatizando a situação.
A assessoria de Maiara ressaltou que a cantora está em um momento positivo e que, apesar das críticas, ela segue focada em sua carreira e vida pessoal. O episódio, no entanto, reacende o debate sobre a pressão estética enfrentada por mulheres públicas e como isso afeta suas rotinas e percepções.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">a maiara mastigando o vento <a href="https://t.co/8KFD4EHOz0">pic.twitter.com/8KFD4EHOz0</a>— adrielle (@adrielletuitta) <a href="https://twitter.com/adrielletuitta/status/1848743422909120552?ref_src=twsrc%5Etfw">October 22, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Maiara revela peso e internautas se preocupam com estado de saúde da cantora, que nega qualquer doença

247 - Morto nesta quinta-feira, aos 66 anos, o ex-pugilista Adilson Rodrigues, conhecido como Maguila, foi uma figura icônica do boxe brasileiro nos anos 1980 e 1990. Porém, além das vitórias nos ringues, o atleta ganhou as redes sociais nesta semana por um motivo inesperado: uma declaração em defesa do respeito à comunidade LGBTQIA+, feita em uma participação televisiva de 1992. O vídeo viralizou e gerou inúmeras reações positivas.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Quando a "ignorância" é mais inteligente que a "erudição". Maguila fez história. Descanse em Paz 🕊️ <a href="https://t.co/LYLg64R691">pic.twitter.com/LYLg64R691</a>— Bruno Brezenski (@bbbrezenski) <a href="https://twitter.com/bbbrezenski/status/1849556559065747601?ref_src=twsrc%5Etfw">October 24, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
 
Em uma entrevista que veio à tona após sua morte, Maguila foi questionado sobre homossexualidade, um tema que, na época, era cercado de estigmas e preconceitos. Sem hesitar, ele pregou o respeito aos casais do mesmo sexo e repudiou a ideia de que a orientação sexual pudesse ser considerada uma "doença". “Para mim, o homem, o 'viado', não é uma doença, ele já nasceu com esse dom de ser 'viado' e transar com homem”, afirmou Maguila durante a conversa, contrariando a opinião de muitos na época e surpreendendo pela naturalidade e progressismo de suas palavras.
Maguila ainda mencionou seu filho, que na época tinha apenas cinco anos, explicando que ele trataria com naturalidade o fato de ver dois homens se beijando, deixando claro que a orientação sexual não deveria ser motivo de estranhamento ou preconceito. Essa postura foi lembrada e elogiada nas redes sociais, principalmente por sua ousadia e sensibilidade em um período em que o debate sobre o tema ainda era escasso e carregado de tabus.
O vídeo foi resgatado e compartilhado por seu filho mais novo, Júnior Ahzura, que é artista plástico e abertamente gay. Ele usou seu perfil no Instagram para homenagear o pai, que sempre foi um exemplo de apoio e respeito para ele. “Orgulho ter um pai que sempre me aceitou e respeitou! Mais que um herói nacional, meu pai!”, escreveu Júnior em sua postagem, ressaltando a importância do posicionamento de Maguila, especialmente em uma época marcada por preconceitos mais acentuados.
As declarações progressistas do ex-pugilista foram recebidas com carinho pela comunidade LGBTQIA+, que viu nas palavras de Maguila um exemplo de aceitação e compreensão raros para o período. Figuras públicas e fãs do atleta se uniram nas redes para exaltar não só seu legado no esporte, mas também sua postura como pai e ser humano.
Maguila faleceu vítima de encefalopatia traumática crônica (ETC), uma doença degenerativa que afetou sua saúde nos últimos anos. Mesmo em meio às dificuldades, sua figura permanece viva na memória de muitos brasileiros, e seu legado vai além dos ringues. As palavras que proferiu há mais de 30 anos, agora revividas, reforçam a imagem de um homem que, com simplicidade e sinceridade, pregou o respeito e a empatia.