"A ciência aponta para a exploração sustentável da Margem Equatorial", diz Kátia Paulino

247 – A reitora da Universidade do Estado do Amapá (UEAP), Kátia Paulino, fez uma defesa enfática da exploração responsável da Margem Equatorial, durante o evento "Margem Equatorial e Políticas Públicas", realizado no dia 26 de março, em Brasília. O seminário foi promovido pelo Brasil 247, pela TV 247 e pelo site Agenda do Poder, reunindo autoridades políticas, representantes da sociedade civil e pesquisadores para debater os impactos e os desafios do desenvolvimento na região.

“Não cabe a nós negar a ciência. Precisamos ser pragmáticos, objetivos e humanos”, afirmou Kátia Paulino, ao defender que a exploração de petróleo na Margem Equatorial deve seguir rigorosos critérios técnicos e legais, com absoluto respeito ao meio ambiente. Ao mesmo tempo, destacou que o projeto pode representar uma oportunidade histórica para enfrentar a desigualdade no Amapá.

Pesquisadora de políticas públicas, Kátia destacou sua vivência no estado, onde mora desde os nove anos de idade. “Vivemos num estado extremamente desigual. A luta contra essa desigualdade é imperativa”, pontuou, reforçando que o debate deve ser guiado por evidências científicas e sensibilidade social.

Ela também criticou o negacionismo que marcou parte recente da vida pública brasileira. “Vivemos um momento muito obscuro de negacionismo. Essa discussão precisa ser responsável, baseada em critérios técnicos, mas acima de tudo humana”, declarou.

Durante sua fala, Kátia elogiou a presença de figuras como o senador Randolfe Rodrigues, seu ex-colega de universidade, e da professora Cláudia Chelala, da Universidade Federal do Amapá (Unifap), além de saudar a participação da renomada pesquisadora Adma Alégria, referência nacional e internacional em temas de desenvolvimento sustentável. “É mais que necessário trazer essa discussão à tona. Precisamos enfrentar de forma objetiva a lógica do desenvolvimento sustentável, que é o axioma central dessa conversa”, disse.

Ao final, Kátia propôs uma reflexão objetiva e provocadora: “Se o projeto [de exploração] já cumpriu todos os critérios necessários ao respeito ambiental, o que falta então? Essa é a questão que se impõe”.

O evento foi um passo importante na construção de um debate público qualificado sobre a Margem Equatorial, sinalizando que a ciência, o meio ambiente e o compromisso com a superação das desigualdades precisam caminhar juntos. Assista: