Centrais sindicais: Zuckerberg e a Meta querem incentivar ‘o crime e a organização de grupos terroristas’ na internet
As entidades criticaram o 'monopólio no sistema de informação e comunicação internacional'
247 - Centrais sindicais publicaram uma nota de repúdio à medida anunciada pelo CEO da Meta, Mark Zuckerberg, sobre o fim dos sistema de checagem de fatos nas plataformas da empresa, para dar lugar às chamadas notas de comunidade, em que os próprios usuários das redes afirmam se um fato é verdadeiro ou falso. A Meta controla o Instagram, o Facebook e o WhatsApp.
“Mark Zuckerberg é dono de um verdadeiro império que, ao lado de poucas empresas, como o Google e o X, monopoliza o sistema de informação e comunicação internacional, uma condição de autoritarismo que contradiz a alegada ‘liberdade de expressão’", diz o texto assinado por integrantes de entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
‘’Sua decisão pessoal, unilateral e baseada em interesses privados, atinge de forma irresponsável populações de países inteiros. A maior desregulamentação das redes sociais da empresa Meta (Facebook, Instagram, Threads) aumentará a propagação de notícias falsas e discursos de ódio, o que, por sua vez, incentiva a organização de grupos terroristas, extremistas, criminosos e que usam a violência para impor seus propósitos”.
De acordo com as centrais, “torna ainda pior a situação o fato de as medidas anunciadas pelo dono da Meta estarem atreladas ao novo governo de Donald Trump, um notório extremista de direita que despreza o bem-estar da população”.
“Em um cenário de crescente influência das redes sociais e da Inteligência Artificial, é imperativo fortalecer a regulação, proteger os dados pessoais e garantir a confiabilidade das informações que circulam. Apoiamos as medidas do Governo Federal e do Supremo Tribunal Federal como passos essenciais para a preservação da soberania nacional”, disseram.
“Contudo, essa luta exige a participação ativa de todos: trabalhadores, entidades sindicais e a sociedade civil devem se unir para exigir transparência, responsabilidade e um ambiente digital que promova os interesses coletivos, não apenas os das grandes corporações. Apenas assim conseguiremos proteger nossa democracia e construir um futuro mais justo e soberano”.
Veja as pessoas que assinaram a nota:
Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Tesch Auersvald, presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)
Nilza Pereira, secretária-geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora
Emanuel Melato, Coordenador da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora
José Gozze, presidente da Pública Central do Servidor
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: