Gleisi sai em defesa de Janja e defende "papel ativo" da primeira-dama
Presidente do PT responde a críticas sobre equipe e custos ligados a Janja e reforça seu papel em causas sociais e culturais
247 - A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), saiu em defesa da primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, após críticas sobre sua atuação no governo e a estrutura que a socióloga dispõe na Presidência da República. A declaração foi feita nesta quarta-feira (27), em publicação no X, antigo Twitter, e surge como resposta à reportagem do Estado de S. Paulo, que detalhou a equipe de 12 pessoas dedicada a Janja e os custos associados.
Gleisi classificou Janja como uma figura politicamente ativa e comprometida com pautas relevantes. “A companheira Janja atua em causas muito objetivas, como a defesa dos direitos das mulheres, contra a violência, o incentivo e difusão nacional e internacional de nossa cultura, a causa dos direitos animais, entre tantas outras”, escreveu a deputada. Ela também questionou as críticas à estrutura de trabalho da primeira-dama: “qual é o problema em ter assessoria e condições de trabalho para cumprir o seu papel?!”
Reportagem detalha estrutura - A publicação do Estado de S. Paulo mostrou que Janja conta com um time de 12 profissionais que inclui assessores de imprensa, fotógrafos, especialistas em redes sociais e um ajudante de ordens, totalizando R$ 160 mil mensais em salários. Desde o início do terceiro mandato do presidente Lula (PT), os gastos com viagens de sua equipe somam R$ 1,2 milhão.
Além disso, foi apontado que mudanças físicas no Palácio do Planalto ocorreram para acomodar sua equipe no terceiro andar, onde Janja possui uma sala de 25 metros quadrados. Segundo a reportagem, a primeira-dama também desempenharia influência na escolha de integrantes de cargos estratégicos no governo, como Margareth Menezes no Ministério da Cultura e Anielle Franco na pasta da Igualdade Racial.
Debate sobre machismo e papel das primeiras-damas - Janja já havia abordado o tema anteriormente, afirmando que o Brasil carrega uma visão machista ao questionar sua atuação. Em entrevista, ela comparou sua situação com outras primeiras-damas, como a dos Estados Unidos, que possuem gabinetes formais. “Eu não posso nem colocar isso no papel”, lamentou.
Gleisi Hoffmann reforçou esse ponto ao destacar os desafios enfrentados por Janja. “Ela enfrenta de cabeça erguida os preconceitos, o machismo e a misoginia que ainda são muito presentes em nossa sociedade. Desejo à Janja muita força para seguir sendo quem é, ao lado do nosso presidente Lula”, escreveu.
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