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    Plano fiscal de Tarcísio defendido pela mídia corporativa já é feito por Haddad, diz Celso Rocha de Barros

    "Se o que Tarcísio propôs está certo, a bancada bolsonarista vota errado. O governador de São Paulo vai dar a ordem para que votem diferente?", questiona o sociólogo

    (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Alan Santos/PR)

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    247 - O jornalista e sociólogo Celso Rocha de Barros afirmou, em sua coluna na Folha de S. Paulo, que é “falso” o suposto desinteresse do governo do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelas contas públicas em oposição aos editoriais da mídia corporativa que apoiam o plano de ajuste fiscal anunciado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). “É exatamente a mesma coisa que Haddad está fazendo no governo federal, com a diferença de que Tarcísio começou a mexer nisso com um ano e meio de atraso”, destaca Barros.

    Ainda segundo ele, “quando Haddad leva essas propostas para o Congresso, os amigos bolsonaristas de Tarcísio votam contra a revisão dos privilégios. Se o que Tarcísio propôs está certo, a bancada bolsonarista vota errado. O governador de São Paulo vai dar a ordem para que votem diferente? Ou nem essa margem de manobra Jair lhe dá?”.

    Barros observa, ainda, que “parte grande do plano de Tarcísio que os editorialistas defenderam como contraste com a política de Haddad consiste em pedir dinheiro ao Haddad. Talvez faça sentido renegociar a dívida paulista, mas se renegociar dívida conta como rigor fiscal, um monte de gente na esquerda merece pedidos de desculpas do mercado”.

    Para o articulista, “os editoriais estão mostrando Tarcísio fazendo, com um ano e meio de atraso, o que Haddad já faz, enfrentando a oposição bolsonarista; e estão usando isso para pedir que Haddad faça coisas incomparavelmente mais difíceis politicamente (e arriscadas), como desvincular o piso da Previdência do salário mínimo ou revisar os pisos de gastos com educação e saúde”.

    “Todo mundo tem o direito de apoiar quem quiser para presidente. Mas este governo descrito nos editoriais, que se preocupa mais que Haddad com as contas públicas, não é o governo Tarcísio. É um governo imaginário, que não ganhou eleição em lugar nenhum”, finaliza

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