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    Atualização na doutrina nuclear reflete resposta a adversários da Rússia, diz Kremlin

    Mudanças na postura nuclear são reação direta às ações dos rivais ocidentais

    Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin (Foto: EVGENIA NOVOZHENINA/REUTERS)

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    247 - A mais recente atualização na doutrina nuclear da Rússia, anunciada pelo Kremlin, é uma resposta direta às crescentes tensões com os adversários ocidentais, principalmente os Estados Unidos e seus aliados na Otan. Segundo informações publicadas pela agência Sputnik, as mudanças refletem a necessidade de Moscou em ajustar sua estratégia militar e de defesa frente à intensificação de pressões geopolíticas.

    De acordo com o comunicado oficial, as revisões visam reforçar a capacidade da Rússia de responder a ameaças emergentes, incluindo aquelas decorrentes das políticas agressivas adotadas pelos rivais ocidentais. A doutrina revisada considera, entre outros fatores, as medidas de contenção tomadas pelos Estados Unidos, que incluem o avanço da Otan em regiões próximas às fronteiras russas.

    O porta-voz presidencial Dmitry Peskov afirmou que a atualização da doutrina é necessária para garantir a segurança nacional da Rússia em face de desafios externos crescentes. O documento revisado detalha as condições sob as quais o uso de armas nucleares pode ser considerado, incluindo não apenas em situações de ataque direto, mas também em resposta a ameaças existenciais ao país.

    Essa atualização acontece em um momento delicado das relações internacionais, marcado por conflitos latentes, como a guerra na Ucrânia, que exacerbou as tensões entre a Rússia e o Ocidente. O presidente russo, Vladimir Putin, em discursos anteriores, já havia expressado sua preocupação com o que chamou de estratégia agressiva do Ocidente, e essa nova doutrina parece ser uma confirmação de que Moscou está pronta para defender seus interesses de maneira mais enfática.

    Especialistas apontam que essa mudança pode aumentar ainda mais a tensão global, em um momento onde se esperava que negociações diplomáticas ganhassem espaço. A nova postura da Rússia será, sem dúvida, monitorada de perto por governos e analistas ao redor do mundo, que estão preocupados com o risco de uma escalada militar.

    Com a crescente modernização de arsenais nucleares por diversas potências mundiais, o cenário atual coloca em evidência a fragilidade dos mecanismos de controle de armas internacionais e as dificuldades em encontrar soluções pacíficas para os conflitos globais. Para o Kremlin, porém, a doutrina revisada é uma medida necessária para garantir a soberania do país em tempos de adversidades globais.

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