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CEO do Telegram, Pavel Durov, pode acabar como Assange

Posição de permitir quase tudo na plataforma tem incomodado políticos

O ativista Vladislav Mazur participa de um piquete individual para protestar contra a prisão de Pavel Durov, fundador e CEO do aplicativo de mensagens Telegram, perto da embaixada da França em Moscou, Rússia, em 25 de agosto de 2024. O conteúdo de um cartaz diz: "Partido Libertário da Rússia. Eu sou Durov. A França não deve seguir o caminho de Putin e deve respeitar a liberdade de expressão para Pavel Durov!" (Foto: REUTERS/Yulia Morozova)

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(Sputnik) – O CEO do Telegram, Pavel Durov, pode enfrentar um destino semelhante ao do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, devido à posição de seu aplicativo de mensagens em favor da liberdade de expressão, o que incomoda muitos políticos, disseram especialistas à Sputnik.

A mídia francesa informou no sábado que Durov foi detido em um aeroporto ao norte de Paris, após chegar do Azerbaijão. Durov, que possui dupla cidadania russo-francesa, foi acusado de crimes relacionados ao uso criminoso de seu aplicativo, incluindo terrorismo, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e fraude, crimes que podem levar o bilionário de 39 anos a até 20 anos de prisão.

"O Telegram é uma plataforma que censura pouquíssimo conteúdo e sua posição de permitir quase tudo na plataforma tem incomodado políticos no Ocidente e na Rússia há muito tempo. Infelizmente, parece que o Sr. Durov pode se tornar o próximo Julian Assange. Coitado", disse Pascal Lottaz, professor associado de estudos de neutralidade na Universidade de Kyoto.

Lottaz afirmou que muitas pessoas suspeitam que a detenção de Durov seja uma tentativa da França — e, por extensão, da União Europeia — de reprimir o Telegram.

"Essa prisão é muito chocante. O Telegram é um aplicativo que permite conversas livres. Essa prisão não se baseia em nada além de pressão", disse o político, autor e advogado francês Arash Derambarsh.

Em junho, um tribunal dos EUA nas Ilhas Marianas do Norte condenou Assange a tempo já cumprido como parte de um acordo com os promotores federais, encerrando sua batalha legal de 14 anos contra a extradição para os Estados Unidos, onde enfrentava acusações sob a Lei de Espionagem por obter e divulgar informações confidenciais que revelaram crimes de guerra e violações dos direitos humanos cometidos por tropas americanas no Iraque e Afeganistão.

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