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      China atinge meta de energia limpa seis anos antes do previsto e anuncia redução de subsídios

      O país quebrou seus próprios recordes de novas instalações solares em 2024, com a capacidade instalada aumentando 45% em relação ao ano anterior

      Um trabalhador inspeciona painéis solares em uma fazenda solar em Dunhuang, 950 km a noroeste de Lanzhou, província de Gansu (Foto: REUTERS/Carlos Barria/File Photo)
      Guilherme Paladino avatar
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      REUTERS - A principal agência de planejamento econômico da China afirmou no domingo que está tomando medidas para reduzir os subsídios para projetos de energia renovável, após um boom na instalação de usinas solares e eólicas.

      A China quebrou seus próprios recordes de novas instalações solares em 2024, com a capacidade instalada aumentando 45% em relação ao ano anterior. O país agora possui quase 887 GW de energia solar instalada, mais de seis vezes a capacidade dos Estados Unidos, segundo dados da Agência Internacional de Energia Renovável.

      O avanço nas instalações fez com que a China atingisse sua meta para 2030 seis anos antes do previsto, destacando a velocidade da expansão de sua energia limpa em um momento em que o presidente Donald Trump retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o clima pela segunda vez e prometeu facilitar a exploração de petróleo e gás.

      A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China (NDRC, na sigla em inglês) informou que, junto com a administração de energia do país, emitiu mudanças "orientadas pelo mercado" em políticas destinadas a incentivar projetos de energia limpa.

      A NDRC afirmou que a capacidade total de energia limpa da China ultrapassou 40% da capacidade total de geração do país, em parte devido a um sistema que garantia preços para a energia renovável vendida à rede elétrica.

      "O custo do desenvolvimento de novas energias caiu significativamente em comparação com estágios anteriores", afirmou a NDRC em um comunicado.

      A agência informou que qualquer novo projeto concluído após junho deste ano terá os pagamentos pela eletricidade baseados em "lances de mercado".

      A NDRC disse que não espera impacto nos preços para consumidores residenciais e do setor agrícola e que os preços da eletricidade permanecerão "basicamente os mesmos" para operações industriais e comerciais após a mudança entrar em vigor.

      A agência afirmou que trabalhará com governos locais em toda a China para implementar o plano, mas não forneceu detalhes sobre a nova fórmula de precificação que será adotada.

      Subsídios menos generosos para novas usinas solares podem aumentar a pressão sobre a indústria solar chinesa, onde o excesso de oferta em relação à demanda global fez os preços dos painéis solares despencarem, ameaçando levar pequenos produtores à falência.

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