China condena pressão dos EUA sobre aliados para frear setor de semicondutores e alerta para impacto global
"Essas medidas impedem o desenvolvimento da indústria e, no final, se voltarão contra os próprios interesses dos EUA e de seus aliados", afirmou porta-voz
247 - O governo chinês criticou nesta terça-feira (25) as novas medidas dos Estados Unidos para restringir ainda mais a indústria de semicondutores da China, alertando que tais ações vão prejudicar a cooperação global e acabarão por afetar os próprios interesses dos aliados de Washington. A declaração foi feita por Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, em resposta a uma pergunta sobre os planos do governo de Donald Trump para intensificar os bloqueios contra a tecnologia chinesa, conforme reportado pelo Global Times.
Lin criticou a politização das questões comerciais e tecnológicas pelos EUA, acusando Washington de ampliar excessivamente o conceito de segurança nacional para justificar sua estratégia de contenção. "Essas medidas impedem o desenvolvimento da indústria global de semicondutores e, no final, se voltarão contra os próprios interesses dos EUA e de seus aliados", afirmou Lin.
Recentemente, autoridades americanas se reuniram com representantes japoneses e holandeses para discutir a proibição de engenheiros da Tokyo Electron e da ASML Holding de prestarem manutenção em equipamentos de semicondutores dentro da China, de acordo com fontes citadas pela Bloomberg. A meta é alinhar os países aliados às mesmas restrições impostas pelos EUA a empresas como Lam Research, KLA Corp e Applied Materials Inc.
No entanto, a adesão total dos aliados às novas regras pode ser difícil. Ma Jihua, analista veterano da indústria de telecomunicações, afirmou ao Global Times que empresas desses países sabem que tais restrições significariam perder o acesso ao mercado chinês, comprometendo seus próprios interesses econômicos.
A Bloomberg também relatou que o governo anterior dos EUA havia alcançado um acordo com os Países Baixos para restringir a manutenção de equipamentos na China. No entanto, após a vitória eleitoral de Trump, o governo holandês hesitou em seguir adiante com as medidas.
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