Cuba e Irã condenam sanções dos EUA e reforçam aliança contra o imperialismo
Países destacam cooperação econômica e comercial diante das medidas coercitivas de Washington
247 - Os governos de Cuba e do Irã reafirmaram sua rejeição às sanções unilaterais impostas pelos Estados Unidos, denunciando as medidas como instrumentos de agressão contra seus povos e soberania. A posição conjunta foi expressa após uma reunião entre o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, e o vice-ministro das Relações Exteriores iraniano, Saeed Khatibzadeh, realizada na quarta-feira (1). As informações são do Ministério das Relações Exteriores de Cuba.
Em declaração conjunta, os diplomatas classificaram as sanções impostas por Washington como "atos de agressão" e enfatizaram a necessidade de estreitar a cooperação bilateral em áreas como economia, comércio e desenvolvimento. "A política hostil dos EUA visa impactar diretamente nossas populações e enfraquecer nossas economias, mas não nos deterá", afirmaram.
O governo cubano também voltou a condenar as constantes ameaças dos EUA de um ataque ao Irã, utilizadas como pressão para que Teerã volte a negociar um acordo nuclear nos termos impostos por Washington. "Tais ameaças colocam em risco a paz, a estabilidade e a segurança internacional, podendo resultar em consequências graves e irreversíveis para o Oriente Médio", alertou a chancelaria cubana.
Na reunião, também foram discutidas questões geopolíticas, como a intensificação das agressões israelenses na região e o impacto das políticas dos EUA sobre a paz e a estabilidade mundial. O Irã reiterou seu apoio à demanda cubana pelo fim do bloqueio econômico imposto pelos EUA há mais de seis décadas, classificando-o como uma medida "genocida" e "ilegal perante o direito internacional".
O encontro também contou com a presença do embaixador iraniano em Havana, Seyed Mohammad Hadi Sobhani, e do diretor do Norte da África e Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, Armando Vergara Bueno.
Cuba e Irã estabeleceram relações diplomáticas em 1975, mas interromperam os laços um ano depois, retomando-os após a Revolução Islâmica iraniana em 1979. Desde então, os dois países têm reforçado seus laços políticos e econômicos, compartilhando uma visão comum de resistência contra o imperialismo estadunidense.
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