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"Envolvimento dos Estados Unidos terá consequências", diz Peskov, porta-voz do Kremlin

"Quais exatamente – o tempo dirá", afirmou o funcionário do governo Putin, após o ataque a uma praia na Crimeia

Dmitry Peskov, porta-voz do governo russo (Foto: Tass)

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MOSCOU, 24 de junho, Reuters – O Kremlin atribuiu diretamente aos Estados Unidos a responsabilidade por um ataque ocorrido na Crimeia com mísseis ATACMS fornecidos pelos EUA, que resultou na morte de pelo menos quatro pessoas e ferimentos em 151. Neste contexto, a Rússia convocou a embaixadora dos EUA em Moscou, Lynne Tracy, e alertou sobre medidas retaliatórias iminentes, conforme relatado pela Reuters.

A crise na Ucrânia, que tem sido a maior confrontação entre a Rússia e o Ocidente desde a Crise dos Mísseis de Cuba em 1962, está entrando em uma fase extremamente perigosa, segundo autoridades russas. Eles afirmam que a participação direta dos Estados Unidos, através do fornecimento de armas e suporte técnico, faz com que Washington seja co-responsável pelos ataques.

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, questionou a postura do governo norte-americano, citando a morte de crianças russas nos ataques. Ele indicou que a Rússia poderia considerar o fornecimento de armas à Coreia do Norte como uma resposta espelhada ao apoio ocidental à Ucrânia. "É claro que o envolvimento dos Estados Unidos nos combates, que resultou na morte de russos pacíficos, não pode deixar de ter consequências", disse Peskov. "Quais exatamente – o tempo dirá."

O presidente Vladimir Putin, enquanto isso, reiterou que a Rússia não deseja um conflito com a OTAN, apesar das tensões crescentes. Já o presidente dos EUA, Joe Biden, descartou o envio de tropas norte-americanas para a Ucrânia e destacou os riscos de um confronto direto entre a OTAN e a Rússia.

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Putin descreveu o conflito ucraniano como parte de um embate mais amplo com os EUA, que, segundo ele, ignoraram os interesses russos após a dissolução da União Soviética em 1991 e buscaram desestabilizar a Rússia. Enquanto líderes ocidentais e ucranianos veem a guerra como uma tentativa de expansão imperial por parte da Rússia, Moscou nega intenções de invadir qualquer membro da OTAN.

Diante das acusações, tanto a Ucrânia quanto os Estados Unidos ainda não comentaram sobre o ataque.

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