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    Trump usa fake news sobre imigração ao reagir a atentado que deixou 10 mortos em Nova Orleans

    Presidente eleito afirmou que "os criminosos que entram nos Estados Unidos são piores que os locais". Acusado de autoria do ataque é estadunidense

    Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, 06/11/2024 REUTERS/Callaghan O'Hare (Foto: REUTERS/Callaghan O'Hare)
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    247 - Na sequência do atentado ocorrido em Nova Orleans, que resultou em 15 mortes e 30 feridos, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, causou polêmica ao sugerir que o autor do ataque, Shamsud Din Jabbar, seria imigrante. Em sua declaração, segundo o Metrópoles, Trump afirmou que "os criminosos que entram nos Estados Unidos são piores que os locais", uma insinuação que gerou uma onda de críticas, especialmente da mídia francesa e de analistas americanos.

    Shamsud Din Jabbar, de 42 anos, foi identificado como o suspeito morto pela polícia. O FBI revelou que ele morava em Houston, no Texas, onde trabalhava como corretor de imóveis. Além disso, Jabbar serviu no Exército dos EUA entre 2007 e 2015, incluindo uma missão no Afeganistão, onde foi promovido a primeiro sargento. O que chamou atenção das autoridades foi uma série de vídeos publicados nas redes sociais horas antes do ataque, onde Jabbar afirma ter agido "inspirado" pelo grupo extremista Estado Islâmico, segundo o presidente Joe Biden.

    Jabbar, que se converteu ao islamismo ainda jovem, já havia enfrentado problemas financeiros e se divorciado da sua última esposa em 2022. A investigação busca entender as motivações que levaram à sua radicalização. A mídia internacional, incluindo os jornais franceses Libération, Le Monde e Le Figaro, tem questionado a reação de Trump, especialmente após declarações errôneas veiculadas pela Fox News, que inicialmente indicaram que Jabbar teria atravessado a fronteira do México para os Estados Unidos.

    O Le Figaro destaca, porém, que o próprio Jabbar afirmou em um vídeo de 2020 que nasceu e cresceu em Beaumont, no Texas, e não era imigrante, o que contradiz as afirmações de Trump.

    Além das polêmicas reações políticas, a imprensa mundial também levanta questões sobre a segurança pública em eventos de grande aglomeração, como o ocorrido em Nova Orleans. O Libération comparou o atentado com ataques anteriores, como o ocorrido na feira de Natal de Magdeburgo, na Alemanha, alertando para a fragilidade das barreiras de segurança em áreas com grandes concentrações de pedestres.

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