Wall Street fecha com maior queda diária em anos após tarifaço de Trump; analistas expressam pessimismo
Anúncio de novas tarifas pelo presidente dos EUA causa pânico nos mercados e levanta temores de recessão global
247 - Os principais índices de Wall Street registraram, nesta quinta-feira (3), suas maiores perdas em anos, após o anúncio de novas tarifas de importação pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que assumiu seu segundo mandato em 2025. A reportagem é da agência Reuters.
As medidas incluem uma tarifa base de 10% sobre todos os produtos importados, com alíquotas mais elevadas para países como China (34%), União Europeia (20%), Japão (24%) e Vietnã (46%). O impacto foi imediato nos mercados financeiros globais, com quedas acentuadas nos preços das ações e aumento da aversão ao risco entre investidores.
De acordo com dados preliminares, o índice S&P 500 caiu 4,85%, encerrando o pregão em 5.395,92 pontos. O Nasdaq, composto majoritariamente por empresas de tecnologia, teve baixa de 5,99%, a 16.547,45 pontos. Já o Dow Jones recuou 3,98%, finalizando o dia aos 40.542,71 pontos.
Um dos principais destaques negativos foi a Apple, que viu seu valor de mercado encolher em mais de US$ 240 bilhões, com recuo de 7% em suas ações. O movimento reflete a preocupação de que os produtos da empresa enfrentem obstáculos adicionais nos mercados internacionais, especialmente na China.
Repercussão no mercado
O tom generalizado de preocupação no mercado foi resumido por Mark Spindel, diretor de investimentos da Potomac River Capital: "Isso é maior do que eu esperava; maior do que qualquer um realmente esperava."
Segundo economistas do Deutsche Bank, as novas tarifas podem resultar em uma desaceleração de 1% a 1,5% no crescimento do PIB dos EUA ainda neste ano. O temor é que uma escalada nas disputas comerciais leve à retração global da atividade econômica.
A conselheira do Federal Reserve, Lisa Cook, alertou para os efeitos colaterais das medidas protecionistas, dizendo que “as tarifas podem estagnar o progresso da inflação e enfraquecer o crescimento econômico”. Cook defendeu cautela na condução da política monetária diante da atual incerteza.
Com a possibilidade de retaliações por parte dos países atingidos pelas tarifas e a crescente instabilidade nos mercados, o cenário futuro se apresenta incerto. Investidores agora aguardam os próximos sinais do governo dos EUA e das autoridades monetárias sobre eventuais respostas a esse novo choque econômico.
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