Investigado pela PF, Juscelino Filho diz que ficará à frente de ministério 'enquanto Lula quiser'
Declaração foi feita após Lula afirmar que ele permanecerá no cargo até provar sua inocência ou ser denunciado formalmente por envolvimento em um suposto esquema de corrupção
247 - O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), afirmou que permanecerá no cargo enquanto tiver o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A declaração foi feita em resposta à afirmação do presidente de que ele deixará o governo caso venha a ser denunciado no âmbito das investigações que apuram um suposto desvio de emendas parlamentares quando ele ocupava uma cadeira na Câmara dos Deputados.
"Eu sou ministro até quando ele (Lula) quiser. O cargo de ministro é do presidente. Até o dia que ele quiser eu vou cumprir com muita honra a missão que ele me deu, trabalhando pelo Brasil, fazendo o que eu estou fazendo com muita tranquilidade. Vou estar me defendendo. Isso aí eu estou muito tranquilo. E no dia que eu deixar de ser ministro vou voltar pro Congresso, ser deputado federal pelo Maranhão, que é pelo que eu fui eleito", disse Juscelino Filho, de acordo com o jornal O Globo.
Nesta quarta-feira (26), em entrevista ao UOL, Lula afirmou que Juscelino ficará à frente do ministério até provar sua inocência ou ser denunciado formalmente por envolvimento em um suposto esquema de corrupção. “Há um pedido de indiciamento. Um pedido, que tem que ser aceito pelo Alexandre de Moraes ou pelo procurador-geral da República. Não foi aceito ainda. Eu, como já fui vítima de calúnia, de difamação, já tive proibido o direito de me defender, não tive direito à presunção de inocência, eu disse para o Juscelino: ‘primeiro, a verdade só você sabe. Então é o seguinte, se o procurador indiciar você, você sabe que tem que mudar de posição. Enquanto não houver indiciamento, você continua como ministro’”, disse Lula. “[Se for aceito o indiciamento] vai ser afastado, ele sabe disso”, ressaltou.
A Polícia Federal indiciou Juscelino Filho pela suspeita de uso indevido de recursos públicos para a pavimentação de estradas que dão acesso a propriedades de sua família na cidade de Vitorino Freire (MA) quando ainda era deputado federal. Ele nega as acusações.
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