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    Lula, Lira e Barroso podem se aliar em acordo para revisar emendas parlamentares

    No entanto, presidente critica "sequestro" do orçamento

    Rodrigo Pacheco, Luís Roberto Barroso, Lula e Arthur Lira (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

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    247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta quinta-feira (15), a necessidade de um acordo entre o Executivo e o Congresso para resolver a questão das emendas parlamentares, enquanto faz duras críticas ao atual modelo que, segundo ele, "sequestrou" parte do orçamento federal. A fala vem após a recente decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu o pagamento das emendas impositivas, abrindo caminho para uma possível aliança com o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, que têm buscado um consenso sobre o tema. Lira procurou Barroso para discutir uma solução viável após a suspensão das emendas.

    Lula voltou a criticar a expansão das emendas impositivas, chamando-as de "o começo de uma loucura". Ele apontou que a falta de critérios adequados para a distribuição desses recursos compromete a capacidade do governo de governar de forma eficaz. "O Congresso hoje tem metade do orçamento total do governo. Não é possível, não tem país do mundo onde o Congresso tenha sequestrado parte do orçamento em detrimento do Poder Executivo", disse Lula.

    O presidente ressaltou que, embora não seja contra a existência das emendas parlamentares, é necessário estabelecer regras mais transparentes e eficientes para o uso desses recursos. Com a decisão de Dino exigindo novas normas para a liberação das verbas, Lula vê uma oportunidade para promover um acordo entre os três poderes.

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