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    Hugo Motta acena ao PL e ao PT e diz que vai pautar anistia aos golpistas de 8/1, mas que não atuará para angariar votos

    Disputa entre maiores bancadas pressiona o candidato à presidência da Câmara

    Hugo Motta (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

    247 - O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), que se apresenta como um dos principais candidatos à presidência da Câmara dos Deputados, enfrenta um dos desafios mais delicados de sua campanha: o debate em torno do projeto de anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, uma proposta polêmica que divide as duas maiores forças na Casa, o PL e o PT. De acordo com informações de Bela Megale, do jornal O Globo, essa discussão tem sido apontada como uma pedra no caminho de Motta, cuja campanha conta com o apoio do atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

    Aliados de Motta sugerem que ele adote uma estratégia cautelosa. A recomendação é que se comprometa a pautar o projeto para votação no plenário, mas que se abstenha de defender uma posição específica, permitindo que o processo seja conduzido pela maioria das bancadas. Em conversas com lideranças do PL e do PT, Motta teria afirmado que o avanço do projeto de anistia dependerá das deliberações com o colégio de líderes da Câmara. Além disso, ele ressaltou a importância de uma comissão especial para avaliar o tema, o que garantiria um debate mais amplo sobre os impactos da medida.

    A bancada do PL, que trabalha ativamente para aprovar a anistia, vê na votação um resgate político para aliados e membros do partido que apoiaram Jair Bolsonaro (PL). Já o PT, que se posiciona contrariamente, busca barrar qualquer iniciativa que signifique o esquecimento dos ataques de 8 de janeiro. A pressão para que Motta defina sua postura sobre o tema cresce na medida em que a corrida para a presidência da Câmara se intensifica.

    A decisão sobre o futuro da anistia envolve não apenas a sobrevivência política dos envolvidos nos atos, mas também a própria dinâmica de apoio à candidatura de Hugo Motta. Para ele, essa questão será determinante em sua trajetória na disputa e na definição de seu papel como um possível sucessor de Lira. Ao aguardar o consenso dos líderes, Motta mantém a esperança de que um debate aberto e democrático possa aliviar as tensões entre as bancadas e trazer, ainda que temporariamente, um entendimento que preserve sua neutralidade.

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