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Marina Silva critica proposta que muda legislação sobre aborto em tramitação na Câmara: 'desrespeitosa e desumana'

Ministra do Meio Ambiente também criticou a “Instrumentalização” do tema da maneira como foi colocado pela Câmara dos Deputados

Marina (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)

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247 - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, manifestou-se contra a proposta que equipara o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio e que tramita na Câmara dos Deputados. Segundo ela, a proposta é "altamente desrespeitosa e desumana com mulheres". Ela também criticou a “Instrumentalização” do tema da maneira como foi colocado. 

"Acho que é a instrumentalização de um tema que é complexo, muito delicado na sociedade brasileira. Eu, pessoalmente, sou contra o aborto, mas eu acho que é uma atitude altamente desrespeitosa e desumana com as mulheres achar que o estuprador deve ter uma pena menor do que a mulher que foi estuprada e que não teve condição de ter acesso de forma, dentro do tempo, para fazer uso da lei que lhe assegura o direito ao aborto legal", disse Marina nesta sexta-feira (14), de acordo com a Folha de S. Paulo

O projeto de lei em questão é de autoria do deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), membro da bancada evangélica e próximo ao pastor Silas Malafaia. Na última quarta-feira (12), os deputados aprovaram em votação-relâmpago um requerimento de urgência para alterar o Código Penal, visando aumentar a pena imposta às mulheres que realizarem abortos quando há "viabilidade fetal", presumida após 22 semanas de gestação.

Além de Marina Silva, o ministro da articulação política, Alexandre Padilha, também se posicionou contra a proposta nesta sexta-feira, em Minas Gerais. Padilha classificou o projeto como uma "barbaridade" e afirmou que o governo não apoiará a medida.

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