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Sessão para debater aborto no Senado tem ‘teatro’ de bolsonaristas (vídeo)

Parlamentares defenderam o ‘PL do estupro’. Contadora de histórias interpretou texto contrário à assistolia fetal

Contadora de histórias interpreta um feto em sessão no Senado (Foto: Reprodução / TV Senado)

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247 - A sessão do Senado para discutir procedimento legal de interrupção de gravidez foi dominada por parlamentares bolsonaristas e representantes, a maioria homens, favoráveis ao ‘PL do estupro”, projeto que equipara o aborto ao crime de homicídio. Os discursos proferidos questionaram a autonomia de mulheres vítimas de estupro em decidir pelo aborto legal acima de 22 semanas de gestação.

Uma das cenas que mais chamou a atenção foi a performance de uma contadora de histórias convidada pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE) para interpretar um texto contrário à assistolia fetal como método de aborto legal. A mulher interpretou o papel de um suposto feto que foi submetido ao procedimento.

Além disso, foram exibidas imagens de procedimentos reais levadas pelo ex-secretário de Atenção à Saúde Primária do governo de Jair Bolsonaro (PL) Raphael Câmara. O conteúdo não foi exibido na íntegra por conta de problemas técnicos, e a TV Senado decidiu não veicular por avaliar que poderia haver eventual responsabilização.

O evento tinha como objetivo debater o projeto em tramitação no Congresso e uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que derrubou uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que proibia a assistolia para interromper gravidez com mais de 22 semanas. A assistolia fetal é uma prática que consiste na injeção de produtos  para induzir a parada dos batimentos cardíacos do feto antes da retirada do útero. O procedimento é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para casos de aborto legal acima de 22 semanas. 

 

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