STF quer contratar monitoramento e rastreamento de usuários nas redes e causa polêmica
Objetivo é monitorar a imagem do Supremo nas redes e identificar possíveis ameaças a ministros
247 - O Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou a abertura de uma licitação no valor de R$ 345 mil para contratar uma empresa especializada no monitoramento de redes sociais, segundo a revista Veja. O objetivo é acompanhar, em tempo real, as menções e os conteúdos que envolvam a Corte, numa iniciativa que reflete a crescente preocupação com a disseminação de notícias falsas e ataques nas plataformas digitais.
A empresa vencedora do processo licitatório terá a responsabilidade de realizar um monitoramento contínuo de várias redes sociais, incluindo Facebook, Twitter, YouTube, Instagram, Flickr, TikTok e LinkedIn. O contrato, previsto para durar um ano, exigirá que a empresa forneça ao STF uma análise detalhada sobre a imagem da Corte na internet, identifique temas relevantes discutidos pelos usuários e classifique o material em categorias diversas.
De acordo com o edital, a empresa contratada deverá ter a capacidade de identificar e mapear quem são os principais autores das menções, especialmente aquelas de caráter negativo. Este monitoramento irá além da simples coleta de dados; ele envolve a análise de discursos, a identificação de formadores de opinião e a avaliação da influência de diferentes públicos nas discussões online sobre o Supremo.
Uma das exigências centrais do STF é que a empresa utilize ferramentas avançadas que permitam o georreferenciamento das postagens. Isso significa que será possível identificar a origem geográfica das menções.
Os dados coletados pela empresa serão consolidados em relatórios diários, semanais e mensais, que serão entregues aos ministros do STF. Esses relatórios incluirão balanços detalhados sobre os principais temas discutidos, a análise da posição dos formadores de opinião e a avaliação da repercussão de suas opiniões. Além disso, será feito um levantamento sobre o impacto geral das mobilizações e discussões em torno dos temas relacionados ao Supremo.
A medida também teria como objetivo reforçar a segurança dos ministros do STF. Ao identificar ameaças ou campanhas difamatórias, os dados obtidos poderão ser compartilhados com a Polícia Federal, contribuindo para a inibição de possíveis ações contra a Corte e seus integrantes.
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