Assassinato de Gritzbach foi planejado pelo PCC e executado por PMs, aponta investigação

247 - As investigações sobre o assassinato do delator do Priemiro Comsando da Capital (PCC), Vinícius Gritzbach, apontam que a organização criminosa tenha orquestrado o crime, que foi executado por policiais militares, informa o Metrópoles. O autor dos tiros que matou Gritzbach, um policial militar da ativa, foi identificado em uma operação da Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo, realizada nesta quinta-feira (16).

A operação deflagrada pela Corregedoria resultou na prisão de 13 pessoas, entre elas o tenente Giovanni de Oliveira Garcia, apontado como responsável por escalar policiais militares para fazer a segurança particular de Gritzbach. Também foram presos outros militares, como os soldados Adolfo Oliveira Chagas, Jefferson Silva Marques de Sousa e Romarks César Ferreira de Lima, além do cabo Leandro Ortiz. Eles estavam encarregados de recepcionar Gritzbach no aeroporto na data de sua morte, após sua viagem.

A força-tarefa, que reúne policiais civis, membros do Ministério Público de São Paulo (MPSP), Polícia Técnico-Científica, Polícia Federal e Polícia Militar, aponta que os principais suspeitos de serem os mandantes do crime são pessoas ligadas a Cara Preta, um membro do PCC morto em dezembro de 2021. Cara Preta teria sido vítima de um golpe milionário de Gritzbach, que, à época, lavava dinheiro para a facção criminosa por meio de transações imobiliárias.

Gritzbach, que também era acusado de desviar parte de um investimento de R$ 100 milhões do PCC em criptomoedas, foi sequestrado meses antes de sua morte por membros da facção e até por policiais civis que colaboravam com os criminosos. Ele foi submetido a um "tribunal do crime" e libertado sob a promessa de entregar documentos e senhas relacionados ao esquema de lavagem de dinheiro. Gritzbach foi executado no dia 8 de novembro de 2024, no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.