Corregedoria prende PM apontado como executor de delator do PCC no aeroporto de Guarulhos

247 - A Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo prendeu nesta quinta-feira (16) um policial militar suspeito de envolvimento no assassinato do empresário Vinícius Gritzbach, delator da facção criminosa Pimeiro Comando da Capital (PCC). Gritzbach, acusado de lavagem de dinheiro para a facção criminosa, havia colaborado com o Ministério Público, revelando nomes ligados à organização e apontando policiais que estariam envolvidos em esquemas de corrupção. A execução ocorreu no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no ano passado. As informações são do g1. 

A prisão do PM faz parte de uma operação que visa desmantelar a rede criminosa à qual Gritzbach estava vinculado. A investigação começou após uma denúncia anônima em março do ano passado, alertando sobre vazamentos de informações sigilosas que beneficiavam membros do PCC, ajudando-os a evitar prisões e prejuízos financeiros.

De acordo com o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, a operação demonstra a postura da Polícia Militar contra qualquer desvio de conduta. “Nada vai ficar sem a devida resposta. A operação de hoje mostra que a Polícia Militar não admite desvios de conduta. Estamos atacando o crime organizado em diferentes frentes”, afirmou.

Além do PM preso, outros 12 policiais militares foram detidos Também foram expedidos  mandados de prisão para dois agentes adicionais. A investigação revelou que policiais da ativa e da reserva vazavam informações estratégicas para membros do PCC, sendo Gritzbach, que contratava PMs para sua escolta pessoal, um dos beneficiados com os vazamentos.

A cronologia da investigação inclui a instauração de um inquérito pela Corregedoria da PM em abril de 2024, com novas denúncias surgindo em outubro de 2024, quando fotos revelaram a presença de PMs fazendo a escolta de Gritzbach durante uma audiência. O assassinato ocorreu em novembro de 2024, e a investigação subsequente levou à prisão de dois suspeitos de participação no crime.

O assassinato foi registrado por câmeras de segurança do Aaeroporto de Guarulhos e envolveu homens encapuzados armados com fuzis. Um motorista de aplicativo, que estava no local, também foi atingido pelos disparos e morreu.