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    Ministro Alexandre Silveira dá 'cartão amarelo' à Enel, que pretende renovar concessão em SP

    'Foi um cartão amarelo, avermelhando', afirmou o titular de Minas e Energia

    Prédio da Enel no estado de SP (Foto: Divulgação)

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    247 - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta segunda-feira (18) que deu um “cartão amarelo” à multinacional Enel. Nos últimos 11 meses, a população do estado de São Paulo aumentou as críticas ao serviço prestado pela companhia da iniciativa privada italiana. O motivo foram os 2 apagões na Grande SP - um foi em outubro na Grande SP, com mais de 3 milhões de pessoas sem energia, e outro em novembro de 2023, quando 2,1 milhões de consumidores ficaram sem energia, alguns por até 7 dias). Foram 5,1 milhões de afetados - somatório da população atingida pelos dois apagões.

    A Enel possui no Brasil três concessões de distribuição: Enel Ceará, cujo contrato atual vence em 2026, Enel Rio e Enel São Paulo. Os contratos estão previstos para acabar em 2028. "Foi um esclarecimento de forma objetiva. Foi um cartão amarelo, 'avermelhando', para a Enel", disse o ministro no estado do Rio de Janeiro, onde  participou da reunião bilateral entre Meloni e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, às vésperas do início do encontro de cúpula de chefes de estado do G20.

    Um dos assuntos do evento foram problemas da Enel, com destaque para os apagões em São Paulo. "Alertei que, no nosso decreto que moderniza os atuais contratos, para que se tenha acesso a essa renovação, as empresas terão que cumprir regras objetivas, e que a Enel deixava muito a desejar na prestação dos serviços", afirmou Silveira, acrescentando que haveria uma “centralização” de decisões da empresa na sede, na Itália.

    A companhia apresentou um plano de investimentos de 43 bilhões de euros (R$ 261 bilhões) para o período 2025-2027. De acordo com a empresa, dos 26 bilhões dos 43 bilhões de euros para o período 2025-2027 devem ser destinados ao segmento de “redes”. Não foram relevados dados específicos para o Brasil. Para a América Latina como um todo estão planejados cerca de 6 bilhões de euros (R$ 36 bilhões), acima dos 3,5 bilhões de euros indicados para o período 2024-2026.


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