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Processo aberto pelo TCU não encontra irregularidades do poder público em fiscalização da Enel

Presidente do TCU, ministro Bruno Dantas, disse que um processo já está em andamento na Corte, sob a relatoria do ministro Augusto Nardes

Ministro Bruno Dantas (Foto: TCU)

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247 - O processo em tramitação no Tribunal de Contas da União (TCU), que investiga a atuação da Enel Energia, não encontrou irregularidades na fiscalização realizada pelo Poder Público, diz a jornalista Andréia Sadi em sua coluna no g1. A crise energética se intensificou na última sexta-feira (11), quando a empresa falhou em restabelecer o fornecimento de energia, deixando 537 mil domicílios em São Paulo sem luz até a manhã desta segunda-feira (14). A situação tornou-se um tema central na disputa eleitoral, com os candidatos à prefeitura, Ricardo Nunes (MDB), em busca da reeleição, e o deputado federal Guilherme Boulos (Psol).

No último sábado (12), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), contatou o presidente do TCU, Bruno Dantas, buscando uma cobrança mais rigorosa da Enel. A fiscalização de concessões públicas é uma atribuição da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), órgão federal que, em casos extremos, pode aplicar multas ou até aplicar a caducidade do contrato se a empresa não cumprir as exigências estabelecidas.

Ainda conforme a reportagem, Bruno Dantas informou ao governador que um processo já está em andamento na Corte, sob a relatoria do ministro Augusto Nardes, e que a possibilidade de pautá-lo para julgamento seria avaliada. Entretanto, ministros da Corte indicam que, apesar da comoção gerada pelos apagões sucessivos — o último deles durando três dias —, o processo de caducidade não é uma medida trivial. É necessário considerar o nível de atendimento e diversos aspectos jurídicos, além das falhas apontadas. Se avançar, esse seria o primeiro caso de caducidade de uma concessão no Brasil.

Embora o TCU não tenha identificado falhas do poder público, a Aneel reconhece a necessidade de aprimorar a regulação para lidar com eventos climáticos extremos. A unidade técnica do órgão propôs uma auditoria mais profunda para investigar os impactos dessas situações no setor elétrico.

Desde o início da crise, Nunes e Boulos vêm travando uma verdadeira batalha de narrativas. O candidato do Psol destacou a importância de um tratamento sério dos eventos climáticos e defendeu a melhoria da zeladoria e a reciclagem do lixo como medidas essenciais. Por outro lado, Nunes atribui a responsabilidade pela crise à falta de fiscalização da Aneel, enfatizando que a competência do caso é federal, que deveria ser exercida de forma mais eficaz.

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