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Suspeitas de laços com PCC cercam campanha de Pablo Marçal

Candidato a prefeito de São Paulo têm ao seu redor vários suspeitos de envolvimento com a maior facção criminosa do Brasil

Pablo Marçal (Foto: Reprodução/YouTube/Band Jornalismo)

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247 - Na corrida acirrada pela Prefeitura de São Paulo, o ex-coach Pablo Marçal, candidato pelo PRTB, tem enfrentado uma série de acusações que envolvem membros de seu círculo político e possíveis conexões com o Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior facção criminosa do Brasil, destaca a Folha de S. Paulo nesta terça-feira (27). As revelações têm colocado em xeque a campanha do candidato, que disputa a liderança com Guilherme Boulos (Psol) e o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB).

No início de agosto, a Folha de S. Paulo divulgou um áudio comprometedor atribuído a Leonardo Alves de Araújo, conhecido como Leonardo Avalanche, presidente do PRTB e figura central na campanha de Marçal. Na gravação, Avalanche afirma ter relações diretas com integrantes do PCC, incluindo a participação na soltura de André do Rap, um dos principais chefes do tráfico internacional de drogas vinculado à facção. André do Rap foi libertado após uma controversa decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e atualmente está foragido. "Eu sou o cara que soltou o André [do Rap]. Esse é o meu trabalho, entendeu? A próxima, agora, a gente vai botar um lugar acima dele", declarou Avalanche no áudio.

Além disso, reportagem do portal Metrópoles revelou que Marçal foi fotografado ao lado de Valquito Soares da Silva, irmão de Francisco Antonio Cesário da Silva, o "Piauí", ex-líder do PCC na favela de Paraisópolis, em São Paulo. A imagem foi publicada nas redes sociais e gerou uma onda de críticas e questionamentos sobre as associações do candidato.

O entorno de Avalanche também tem sido alvo de investigações policiais. Tarcísio Escobar de Almeida e Júlio César Pereira, conhecidos como "Gordão", antigos aliados do presidente do PRTB, são suspeitos de trocar carros de luxo por cocaína em operações que beneficiariam o PCC, conforme apurou O Estado de S. Paulo. Escobar chegou a ocupar brevemente o cargo de presidente estadual do partido sob a gestão de Avalanche, enquanto Gordão, seu sócio, participou de eventos da legenda.

Outro nome que desperta atenção é Edílson Ricardo da Silva, ex-policial militar condenado por colaborar com o PCC, que também foi vinculado ao grupo de Escobar e Gordão. De acordo com o Metrópoles, Avalanche chegou a embarcar em um voo particular acompanhado por Escobar e Edilson, intensificando as suspeitas de envolvimento com atividades ilícitas.

Em entrevista ao UOL, Marçal admitiu ser amigo do influenciador Renato Cariani, que enfrenta acusações de envolvimento em um esquema de desvio de produtos químicos para a produção de drogas como cocaína e crack. A Polícia Federal suspeita que esses produtos estavam destinados à rede de distribuição do PCC.

Em meio às controvérsias, Pablo Marçal tenta se distanciar das acusações de ligação com o PCC, mas, além destes recentes escândalos, o ex-coach também carrega em seu histórico uma condenação de 2010 pela Justiça Federal de Goiás, que o sentenciou a quatro anos e cinco meses de reclusão por furto qualificado. No entanto, a pena nunca foi cumprida devido à prescrição do caso. Na época, ele foi acusado de integrar uma quadrilha de fraude bancária, responsável pela captação de dados bancários de vítimas por meio de spams.

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