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    Eduardo Leite reclama que doações ao RS estão atrapalhando o comércio local

    "O reerguimento do comércio fica dificultado na medida em que você tem uma série de itens que estão vindo de outros lugares do país", afirmou o governador em entrevista à BandNews

    Eduardo Leite (Foto: Maurício Tonetto/Secom)
    Guilherme Paladino avatar
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    247 - O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, causou controvérsia ao expressar preocupações sobre o impacto das doações vindas de outras regiões do país no comércio do estado, durante uma entrevista à BandNews nesta terça-feira (14).

    Leite afirmou que, embora as doações sejam bem-vindas e recebidas de forma positiva, há uma preocupação legítima sobre os efeitos delas no comércio local. Ele argumentou que a chegada de um volume considerável de doações físicas ao estado pode prejudicar o reerguimento do comércio local, que já está impactado pelas recentes enchentes e desastres naturais.

    "Um dos pontos que eu pedi à nossa equipe é que ajude a estruturar ferramentas e canais para que aquelas pessoas de outros locais que queiram fazer doações possam fazê-las ajudando o comércio local, que está impactado", declarou o governador. "Porque, na verdade, quando você tem um volume tão grande de doações físicas chegando ao estado, há um receio sobre o impacto que isso terá no comércio local. Você tem uma cidade e um comércio que foram impactados, e o reerguimento desse comércio fica dificultado na medida que você tem uma série de itens que estão vindo de outros lugares do país", acrescentou.

    Entretanto, Leite enfatizou que não deseja ser mal interpretado como alguém que está desprezando as doações, mas sim como alguém que está buscando soluções para minimizar os impactos negativos no comércio local.

    As declarações de Leite surgem em meio a uma crise sem precedentes no Rio Grande do Sul, causada pelas intensas chuvas que têm assolado o estado nas últimas semanas. Até o momento, o número de mortes confirmadas em decorrência das enchentes subiu para 149, com 112 pessoas ainda desaparecidas e mais de 538 mil desalojados, segundo informações da Defesa Civil do Estado.

    A situação é agravada pela escassez de alimentos e outros suprimentos básicos, devido à dificuldade de acesso às áreas afetadas pelas enchentes. Neste contexto, entidades e instituições de todo o país promovem doações para a região.

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