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Porto Alegre tem ato contra 'PL do Estupro': 'homens de esquerda precisam denunciar este crime que envergonha o Brasil' (vídeo)

Manifestantes levaram cartazes dizendo "gravidez forçada é tortura"

Manifestação em Porto Alegre (Foto: Reprodução (X))

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247 - Manifestantes foram às ruas de Porto Alegre (RS) em ato contra o Projeto de Lei 1904/2024, que teve o seu regime de urgência aprovado nesta semana pela Câmara dos Deputados. Um participante do ato destacou a importância do protesto. "Nosso papel, homens de esquerda, é estarmos aqui, uma solidariedade ativa pelas companheiras mulheres contra o PL 1904, que é um verdadeiro crime, envergonha o Brasil perante o mundo". As pessoas levaram cartazes dizendo "criança não é mãe estuprador não é pai", "gravidez forçada é tortura" e "nem um passo atrás".

A proposta equipara o aborto de gestação acima de 22 semanas ao homicídio. Com a decisão, a matéria não precisará passar por alguma comissão, e será votada diretamente no plenário. Não há data definida para a votação.

O aborto é permitido no Brasil apenas em casos de estupro, deformação fetal ou quando a vida da mãe estiver em perigo. Se o projeto de lei apoiado por parlamentares evangélicos se tornar lei, os abortos realizados por vítimas de estupro seriam considerados homicídio após 22 semanas de gestação.

Grupos feministas criticaram a legislação proposta por impor penas mais severas do que as aplicadas aos estupradores no Brasil, argumentando também que as mudanças afetariam principalmente as crianças abusadas por familiares.

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Estas crianças, muitas vezes sem compreensão ou apoio para se reconhecerem como vítimas de crimes, frequentemente descobrem a gravidez tardiamente.

Os protestos começaram na quinta-feira nas maiores cidades do Brasil depois que a Câmara dos Deputados aprovou urgência do projeto, o que restringe o debate sobre a proposta.

Confrontado com críticas de que as vítimas de estupro que procuram abortar poderiam enfrentar penas piores do que os estupradores, o autor do projeto de lei, Sostenes Cavalcante (PL-RJ), disse que irá propor penas mais duras para o estupro, que atualmente prevê um máximo de 10 anos de prisão.

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Cavalcante é pastor evangélico e membro do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.

* Com informações da Reuters

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