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Prefeito de Porto Alegre culpa esquerda pela falta de manutenção do sistema de contenção de cheias

Sebastião Melo disse que as denúncias feitas fazem parte de uma “narrativa mentirosa” criada pela esquerda

Sebastião Melo (Foto: Giulian Serafim/PMPA)

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247 - O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), afirmou em entrevista coletiva na última terça-feira (21) que as denúncias feitas sobre a falta de manutenção no sistema de contenção de cheias da cidade fazem parte de uma “narrativa mentirosa” criada pela esquerda.  “Nos últimos dias, pessoas de esquerda e extrema esquerda tentam montar uma narrativa mentirosa sobre a questão das enchentes em Porto Alegre. Essas pessoas governaram a cidade por 16 anos”, afirmou em referência ao período em que o PT governou a cidade, de 1989 a 2004.

Melo também afirmou que o problema ocorreu na concepção do projeto. “O sistema de proteção vem de 68, 69, quando o Thompson Flores era prefeito. Eu sou o 13º de lá pra cá, o sistema, suas manutenções, seu tempo. Ele precisa ser revisitado”, disse. 

No entanto, documentos divulgados pelo deputado Matheus Gomes (PSOL) apontam que engenheiros do Departamento Municipal de água e Esgotos (Dmae) alertaram a gestão atual sobre os riscos de inundações em bairros de Porto Alegre. Os profissionais teriam constatado necessidade de reparos “urgentes” nas casas de bombas que compõem o sistema contra enchentes da cidade após chuvas que causaram a elevação do Guaíba em novembro de 2023. Os reparos evitariam alagamentos na área central, uma das mais afetadas pela cheia atual.

Questionado pelos jornalistas sobre o alerta, Melo afirmou se tratar de uma “narrativa irresponsável” e minimizou o papel das casas de bombas na prevenção dos alagamentos. “Vocês acham realmente que o problema das enchentes em Porto Alegre foi duas casas de bomba? Será que as pessoas não se dão conta que choveu milhões de metros cúbicos no RS e Porto Alegre está no meio?”, perguntou. 

Quando as águas começaram a invadir os bairros de Porto Alegre, apenas quatro das 23 casas de bombas estavam funcionando. Com o religamento de outras seis estações, o nível da água baixou e impediu que a situação piorasse após o repique do Guaíba e superar os 5 metros na semana passada.

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